Nova onda de calor deve assolar Goiás nesta semana

Uma nova onda de calor deve assolar o Estado de Goiás a partir desta quinta-feira (14). De acordo com o Climatempo, a previsão é que as temperaturas fiquem pelo menos 5ºC acima da média em todo território goiano até, no máximo, a próxima quarta-feira (20). Portanto, mais uma vez, a população goiana estará exposta a altas temperaturas e precisará seguir as dicas para amenizar o calor extremo. Além disso, também deve se atentar aos cuidados com os animais de estimação e os que vivem em situação de rua.

Ainda segundo o Climatempo, a nova onda de calor vai impactar fortemente Goiás. Por conta disso, o estado está sob alerta vermelho. Goiânia, por exemplo, pode registrar recordes de calor para um mês de dezembro. As temperaturas na capital goiana podem chegar aos 40°C entre os dias 14 e 20 de dezembro. Durante esse período, os dias terão uma duração mais longa e a umidade do ar será um pouco mais alta. Esses fatores podem gerar uma maior sensação de incômodo aos goianos.

Porém, essa nova onda de calor terá uma duração menor que as anteriores. Conforme o Climatempo explica, as ondas de calor podem durar dias ou até mesmo semanas. Esta que está por vir deve permanecer por cerca de sete dias. Além disso, apesar do calor intenso, ainda haverá possibilidade de chuvas rápidas durante o dia, principalmente no final da tarde e à noite. Contudo, as precipitações devem ocorrer em apenas algumas localidades do estado de Goiás, sendo esporádicas e isoladas.

Ondas de calor

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Brasil já vivenciou oito ondas de calor em 2023. A primeira foi entre 23 e 28 de janeiro, a segunda de 6 a 13 de fevereiro e a terceira de 9 a 13 de março. Os demais períodos de calor intenso ocorreram no segundo semestre deste ano. Em agosto, inclusive, houve alertas de “Perigo” e “Grande Perigo” para o Centro-oeste entre os dias 22 e 28. Em setembro, a onda de calor foi a maior do ano, começando dia 18 e terminando somente no dia 29.

Já o mês de outubro registrou duas ondas de calor, a primeira entre os dias 3 e 6 e a segunda entre os dias 17 e 23. Em novembro, houve outro período longo de calor intenso, do dia 8 ao 19. Neste mês de dezembro, os goianos vão enfrentar a 9ª onda de calor deste ano. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 é o ano mais quente em 174 anos de medições meteorológicas. Superando, inclusive, os anos de 2016, com 1,29°C acima da média, e 2020, com 1,27°C acima da média.

Conforme levantamento do Inmet, as temperaturas ficaram acima da média histórica nos meses de julho a novembro de 2023. Dentre os cinco meses consecutivos mais quentes deste ano, setembro apresentou a maior diferença entre o valor registrado e a média histórica desde 1961, com 1,6°C. Em seguida, foi o mês de novembro, com 1,5°C acima da climatologia de 1991/2020 (média histórica). De acordo com o Inmet, as ondas de calor deste ano são reflexo dos impactos do fenômeno El Niño.

Como são formadas

Conforme o Inmet explica, o El Niño consiste no aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial. Esse fenômeno meteorológico tende a favorecer o aumento da temperatura em várias regiões do planeta. No entanto, não se trata do único fator que contribuiu para a ocorrência cada vez maior das ondas de calor. O que também corrobora é o aumento da temperatura global da superfície terrestre por conta do aumento das emissões de gases do efeito estufa.

Geralmente, grandes sistemas de alta pressão atmosférica provocam bloqueios armosféricos, gerando as ondas de calor. Em outras palavras, o ar fica mais seco e inibe o crescimento das nuvens, diminuindo a chance de chover. Fora isso, a alta pressão atmosférica naturalmente comprime o ar próximo da superfície, fazendo o ar esquentar mais.

De acordo com o Climatempo, uma onda de calor é caracterizada por uma sequência de dias ou até semanas. Durante esse período, as temperaturas em uma região, relativamente ampla, ficam muito acima da média que seria normal para uma determinada época. Os termômetros marcam um aumento em torno de 5°C ou mais acima da média, em uma área ampla.