Paciente pioneira de transplante de pâncreas deixa o HGG após alta

A Dona de casa, de 40 anos, convivia com a diabetes desde criança.

Postado em: 05-07-2024 às 09h05
Por: Luana Carvalho
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O Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) é a única unidade de saúde estadual que realiza transplantes de órgãos. | Foto: Ascom Idtech

Gabriela Oliveira, uma dona de casa de 40 anos, recebeu alta nesta quinta-feira (4), do Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) após ser a primeira paciente a passar por um transplante de pâncreas na rede pública de Saúde do Estado de Goiás. Diagnosticada com diabetes aos 10 anos, Gabriela passou 42 dias internada após o procedimento realizado em 23 de maio.

Esse é o segundo transplante de órgãos pelo qual Gabriela passou. em 2017, ela recebeu um novo rim também no HGG. O cirurgião Marcus Vinícius Chalar, do Serviço de Transplantes do HGG, explicou que o novo pâncreas de Gabriela funciona perfeitamente desde os primeiros dias de pós-operatório. “Ela nunca mais precisou de insulina e não teve mais episódios de hipoglicemia. Consideramos esse transplante um sucesso”, afirmou Chalar.

Normalmente, pacientes que recebem um novo pâncreas têm alta em até 10 dias, mas Gabriela precisou de mais tempo devido às complicações decorrentes de 30 anos convivendo com diabetes. “Ela sentia muitas dores nos primeiros dias, então preferimos mantê-la em observação”, disse Chalar.

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O transplante de pâncreas é indicado para portadores de diabetes tipo 1 que já passaram por um transplante renal bem-sucedido. Este procedimento ajuda a tratar a doença de forma mais eficaz e a prevenir complicações como retinopatia, neuropatia, cardiopatias e novas complicações renais. Chalar também mencionou que, em alguns casos, o transplante de pâncreas pode ser uma opção para diabéticos tipo 2, desde que o paciente não tenha resistência grave à insulina.

Gabriela, emocionada, expressou alívio e gratidão por poder voltar para casa. “Estou muito grata à família que me proporcionou esse momento. Só quem passa por esse sofrimento todos os dias sabe o quanto é doloroso. Tenho diabetes desde os 10 anos e nunca soube o que é viver sem me preocupar com essa doença, especialmente após o transplante renal. Não podia perder um órgão tão valioso que tantas pessoas lutam para conseguir”, declarou Gabriela, cheia de esperança para sua nova vida.

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