Guaidó e Maduro convocam manifestações para sábado

São manifestações com objetivos opostos: Maduro defende sua manutenção no poder, enquanto Guaidó quer assumir o governo

Postado em: 07-03-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Guaidó e Maduro convocam manifestações para sábado
São manifestações com objetivos opostos: Maduro defende sua manutenção no poder, enquanto Guaidó quer assumir o governo

O próximo sábado (9) será marcado por protestos na Venezuela. O presidente Nicolás Maduro e o autodeclarado presidente interino, Juan Guaidó, convocaram mobilizações para essa data. São manifestações com objetivos opostos: Maduro defende sua manutenção no poder, enquanto Guaidó quer assumir o governo.

Maduro informou que prepara para sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, “importantes anúncios” para as venezuelanas. Não adiantou quais são. Ele aproveitou para convidar seus apoiadores para o protesto de sábado.

Continua após a publicidade

Terça-feira (5), Guaidó se reuniu com líderes sindicalistas e reiterou que no dia 9 haverá manifestações em favor da restauração da democracia e da liberdade na Venezuela. Ao retornar ao país há três dias, ele liderou um protesto. Na ocasião, seus apoiadores saíram às ruas em Caracas e várias cidades do país. 

Ameaças

Ameaçado pelo governo Nicolás Maduro de prisão, o interino disse não temer os riscos de retornar à Venezuela. De acordo com ele, seu regresso ao país é acompanhado pelo mundo e povo venezuelano. Guaidó retornou ao País nesta segunda-feira (4), após visitas pela América Latina. 

“Se tentarem me sequestrar, temos todos os passos a seguir”, disse. “Hoje estamos mais mobilizados do que nunca”, acrescentou. “Se me sequestrarem, será um dos últimos horrores. No passado, sequestraram e mataram nossa gente e estamos mais fortes do que nunca”, afirmou. “A força é a união.”

Em janeiro, a Suprema Corte da Venezuela, sob controle de Maduro, proibiu Guaidó de deixar o país e congelou seus bens. Porém, a Assembleia Nacional, de maioria oposicionista, aprovou uma licença para o interino deixar a região. 

O interino reiterou que pretende anistiar os militares e funcionários públicos, que atualmente servem ao governo Maduro. Com um discurso de compreensão sobre as necessidades desses trabalhadores, afirmou que vai se reunir para conversar com eles sobre alternativas. (Agência Brasil) 

Veja Também