Arrombamentos, furtos e depredações: o quadro negro das escolas públicas de Goiânia

Em dois meses 24 escolas públicas foram invadidas em Goiânia

Postado em: 07-03-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Em dois meses 24 escolas públicas foram invadidas em Goiânia

Isabela Martins*

A Guarda Civil Metropolitana (GCM) registrou desde o inicio do ano 24 ocorrências de invasões a escolas públicas em Goiânia, o número é menor do que no ano passado onde no mesmo período foram 48 ocorrências de vandalismo nas unidades de ensino. O presidente comandante da Guarda Civil Metropolitana, inspetor José Eulálio Vieira, explicou que os principais crimes cometidos são arrombamentos, depredação e alguns furtos de objetos e até comida das unidades. 

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Segundo o inspetor, apesar da diminuição nos números em um ano, a ideia é intensificar o monitoramento nas unidades. “Diminuiu bastante, mas o número ainda é alto. A gente está intensificando esses monitoramentos interno e externo. Não vamos conseguir resolver todos os problemas 100%, mas se a gente conseguir diminuir para ficar em torno de 5% essas ocorrências seria o ideal”.

Em uma escola no Setor Estrela Dalva foram oito invasões no ano passado. “No Estrela Dalva é um caso meio que especifico. É uma escola que é próxima a um bosque e essa unidade não possuía alarme. Instalamos os alarmes lá essa semana e colocamos uma equipe para fazer plantão todas as noites”, explicou.

Abordagens

De acordo com José Eulálio no ano passado foram feitos nos logradouros públicos 11.640 abordagens, além de 2.401 veículos abordados. Outra atividade realizada pela GCM é coibir o vandalismo nos parques. Na última semana cerca de 300 mudas de roseiras foram furtadas no Lago das Rosas. “A gente sempre pede para a população nos ajudar, vendo qualquer tipo de situação dessa natureza ligue no 153 que a Guarda estará no local em torno de cinco minutos”.

Fim da greve

Depois de determinação da Justiça para o encerramento, a GCM de Aparecida de Goiânia suspendeu a greve após seis dias de paralisação. O acordo foi fechado entre a Secretaria da Fazenda do município e os sindicatos dos guardas. Na última semana o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) deferiu liminar da Procuradoria Geral do Município (PGM), que determinou que os agentes desocupassem o quartel e devolvessem todas as viaturas apreendidas pelos grevistas na mobilização da categoria. Após a Justiça considerar a paralisação ilegal, os acordos entre prefeitura e sindicato tiveram que ser acelerados. 

A greve mobilizou 180 integrantes da guarda e teve fim na última sexta-feira. Foram deliberados 13 pontos após conversa entre a categoria e a prefeitura. A primeira delas aumentou o risco de vida de 70 para 100% do salário base e deve começar a ser pago em março do ano corrente.  Além disso, os salários proporcionais aos dias de paralisação não devem ser descontados dos grevistas. 

A prefeitura do município se comprometeu em não perseguir envolvidos no movimento ou abrir qualquer procedimento disciplinar administrativo. Canais de transparência e correção da GCM devem ser fortalecidos, como a ouvidoria, corregedoria e outros. O município deve publicar o plano de cargos e salários da categoria que será implantado em 60 dias.

Para isso foi criada uma comissão especifica composta por três representantes da prefeitura e três do sindicato que representa a categoria. Obrigatoriamente entre os membros, uma terá que ser mulher. Devem ser adquiridos novos fardamentos e seis viaturas customizadas e será iniciado estudo para a troca de outras. 

Será discutido a criação de convênios com outras secretárias e superintendências de Aparecida. O valor gasto com horas extras será usado para o aumento de risco de vida e o valor que restar será distribuído de forma igual entre todos os guardas pelo período de 60 dias ou até a implantação do Plano de Cargos e Salários. (Isabela Martins é estagiária do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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