Presos no Rio militares suspeitos de envolvimento em morte de músico

Eles foram presos em flagrante por descumprimento de regras

Postado em: 08-04-2019 às 14h05
Por: Suzana Ferreira Meira
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Eles foram presos em flagrante por descumprimento de regras

O Exército determinou
hoje (8), no Rio de Janeiro, a prisão de dez dos 12 militares que estavam na
guarnição envolvida em disparos contra um carro ontem na zona oeste do Rio, que
terminou com um morto e dois feridos.

Segundo o Comando
Militar do Leste (CML), eles foram presos em flagrante por descumprimento das
regras de engajamento.

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De acordo com o CML,
foram constatadas inconsistências entre os fatos inicialmente reportados pelos
militares envolvidos e as informações que chegaram posteriormente ao Exército.

As prisões foram
determinadas depois de depoimentos dos militares envolvidos no episódio à
Delegacia de Polícia Judiciária Militar e ao Ministério Público Militar.

Inicialmente, o CML
informou que a guarnição circulava pelo bairro de Guadalupe quando se deparou
com um assalto e foi atacada por criminosos. E que, por causa disso, atirou
contra os assaltantes. Segundo essa primeira nota divulgada na tarde de ontem
pelo Exército, o homem que morreu e o que ficou ferido eram assaltantes.

Uma terceira pessoa, um
pedestre, foi atingido durante o tiroteio, segundo ainda a primeira nota do
Exército.

A Polícia Civil, no
entanto, depois de fazer uma perícia no local, informou que não havia
assaltantes no carro e que as duas vítimas eram integrantes de uma família que
estava no veículo. O homem que morreu foi identificado como Evaldo dos Santos
Rosa e o ferido que estava no carro seria seu sogro. Evaldo tinha 51 anos e era
músico.

Além deles, estavam no
carro a mulher de Evaldo e uma criança, que não ficaram feridas.

De acordo com a última
nota divulgada pelo CML, os militares presos estão à disposição da Justiça
Militar, que realizará a audiência de custódia e decidirá se manterá ou não a
prisão.

“O Exército Brasileiro
reitera seu estrito compromisso com a transparência e com os parâmetros legais
impostos pelo Estado de Direito ao uso legítimo da força por seus membros,
repudiando veementemente excessos ou abusos que venham a ser cometidos quando do
exercício das suas atividades”, finaliza a nota. (Agência Brasil)

 

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