Novas vítimas de João de Deus procuram o MP-GO; número chega a 600 mulheres

Segundo promotor de Justiça, mulheres foram encorajadas após veiculação pela TV Globo do documentário 'Em Nome de Deus', que narra a história de crimes do então líder religioso - Foto: Reprodução.

Postado em: 11-07-2020 às 10h00
Por: Nielton Soares
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Segundo promotor de Justiça, mulheres foram encorajadas após veiculação pela TV Globo do documentário 'Em Nome de Deus', que narra a história de crimes do então líder religioso - Foto: Reprodução.

Da Redação

Mais mulheres procuraram o Ministério Público de Goiás (MP-GO), nas últimas semanas, para denunciar que foram violentadas sexualmente por João Teixeira de Faria, de 79 anos, que é conhecido mundialmente como João de Deus. As primeiras denúncias contra ele surgiram em dezembro de 2018 e, segundo relatos, os crimes aconteciam na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, município a cerca de 90 quilômetros de Goiânia. 

O promotor Luciano Miranda Meireles, que coordena a força-tarefa do caso no âmbito do MP-GO, em entrevista ao jornal O Popular, disse que a conversão para prisão domiciliar do médium e o documentário da TV Globo, ‘Em nome de Deus’, vêm encorajando que mais mulheres registrem os abusos que sofreram dele. Ao todo, já são mais de 600 mulheres que procuram a promotoria, sendo que 330 delas formalizaram a denúncia. Outras ainda temem sofreram algum tipo de violência por parte de João de Deus. 

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Na Justiça, João de Deus foi denunciado 14 vezes pelo MP-GO, sendo 12 denúncias por crimes sexuais contra 148 mulheres: 59 classificadas como vítimas e 89 como testemunhas de crimes prescritos. E, duas denúncias por posse ilegal de arma de fogo. 

O acusado e a Casa Dom Inácio de Loyola respondem ainda uma ação cível, que está em curso, por reparação de danos sociais, coletivos e individuais às vítimas no valor de R$ 50 milhões. E, na Polícia Civil de Goiás (PC-GO), o ex-líder religioso é investigado por organização criminosa e lavagem de dinheiro.  

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