Supostos ‘laranjas’ de padre Robson têm nomes revelados por testemunha

Depoente contou às autoridades que trabalhou por anos na Afipe e que desvios ajudou aumentar patrimônio de envolvidos | Foto: Reprodução.

Postado em: 27-08-2020 às 19h00
Por: Nielton Soares
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Depoente contou às autoridades que trabalhou por anos na Afipe e que desvios ajudou aumentar patrimônio de envolvidos | Foto: Reprodução.

Nielton Soares

Em depoimento no Ministério Público
de Goiás (MP-GO), uma testemunha, que afirmou ter trabalhado durante anos na
Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), apontou nomes que indicam ser de possíveis
“laranjas” de padre Robson de Oliveira, de 46 anos, no supostos de esquema de
desvio de dinheiro das entidades religiosos, em Trindade.

O caso faz parte da Operação
Vendilhões, que foi deflagrada na última sexta-feira (21), investigando
suspeita de lavagem de dinheiro nas Afipes, presidida pelo pároco. O ex-funcionário,
que não teve o nome revelado, temendo represálias, contou no depoimento, que irmãos
Gleysson, Onivaldo Júnior e Bráulio Cabriny como possíveis “laranjas” do padre
Robson.

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Gleysson é o vice-prefeito de
Trindade pelo PSDB. E, quando teve o nome citado, alegou inocência, informando
que muitas pessoas e empresas fizeram negócios com as entidades religiosas e
que está à disposição da Justiça para esclarecimentos.

Segundo a testemunha, os irmãos
teriam uma desavença com o pároco, porque estariam “aumentando valores de
vendas de imóveis que interessavam ao padre.”

O nome do pré-candidato a prefeito
de Trindade e empresário, Douglas Reis, proprietário da rede de postos de
combustíveis Kurujã, chegando a aumentar o patrimônio com recursos desviados
das associações.

“Existem indícios de inúmeras
pessoas que orbitam em volta das Afipes (são 3 CNPJs), pessoas que começam a
apresentar uma avaliação patrimonial muito grande a partir de negociações
feitas com a Afipe.

MP-GO

O promotor de Justiça, Sebastião
Martins, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco)
do MP-GO, afirmou que há indícios de participação de outros pessoas orbitando
em volta das Afipes.

“Veja bem, essa é uma afirmação
aonde a gente vai verificar essa valorização patrimonial. Evidentemente que é
possível até que tenha sido tudo correto, mas é um objeto de investigação”, comentou
Martins.

O advogado de padre Robson
informou, por meio de nota, que não há veracidade ou autenticidade nas informações
da suposta testemunha. “Tão logo acessem todas as suposições do MP, as
informações necessárias serão prestadas e esclarecidas nas searas competentes”,
informa trecho do documento.

 

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