Segunda-feira, 08 de julho de 2024

O House music mostra nova vertente: Gloovez

O DJ e produtor goiano vai ao ‘Papo Xadrez’ e fala da construção de seu som singular

Postado em: 19-10-2022 às 13h03
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: O House music mostra nova vertente: Gloovez
O DJ e produtor goiano vai ao ‘Papo Xadrez’ e fala da construção de seu som singular. | Foto: Guilherme de Andrade

Guilherme de Andrade 

O encontro desta segunda-feira (17) do ‘Papo Xadrez’ aconteceu com o DJ Gloovez. O bate-papo sobre a música eletrônica, mais especificamente o House Music, marcou a 35° transmissão ao vivo do podcast. O DJ e produtor goiano é o terceiro convidado do mês da música no ‘Papo Xadrez’. Dos estudos iniciais em música no IFG, das influências artísticas que vieram do pai, chegando nos primeiros contatos com a música eletrônica: o passo a passo de sua carreira está no episódio desta semana. 

Gloovez conta que sempre teve influência do pai quando o assunto era arte, já que ele trabalha com teatro. Embora sua primeira carreira tenha sido no design, ele aos poucos foi se aproximando da música. “Na minha vida eu sempre tive a música presente”, conta. Ainda muito cedo já se dedicava ao violão, experimentou um pouco de baixo, até que foi aprovado num curso de música no IFG de Goiânia. Foi lá que conheceu o colega que lhe apresentaria a música eletrônica e seus instrumentos básicos, além de pegar o básico da teoria musical.  

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No início, o então estudante de música clássica foi testando os materiais, pegando referências daquilo que já conhecia e experimentando. Gloovez não tinha contato com a música eletrônica mas quando ouviu pela primeira vez se conectou: “Não sei porque, mas na hora que eu ouvi eu falei ‘acho que vou tentar fazer”’. Esse desejo nunca havia existido com nenhum outro gênero. Em 2020, o primeiro som ‘Vision’ saiu. Gloovez se empolgou com a produção, e só um ano depois ele começaria de fato a atuar como DJ nas festas. 

Hoje, o DJ toca nos maiores palcos do país, em eventos como Abstract, Playground e Abelvolks, mas nem sempre foi assim. No início, Gustavo (que ainda não era Gloovez) aceitava cachês simbólicos só pela oportunidade de entrar em contato com o equipamento profissional de DJ e praticar. Com o tempo, a profissão foi tomando forma: “Você sai do rolê e fala ‘eu realmente recebi para fazer o que eu gosto’”, sintetiza a realização.

Com o nome em plena consolidação, Gloovez fala da criação de seu estilo. No início, o DJ segurava um pouco as referências góticas e mais sombrias por medo da aceitação do mercado. O som de fato se diferencia, mas para melhor. “Atualmente eu me sinto com muita facilidade para expressar quem eu sou com a identidade do meu som”, resume o alívio que veio depois da resposta inicial do público. Referências ao rock, à cultura japonesa, ao gótico, ao violão clássico e ao grave goiano constroem a singularidade de Gloovez. 

Na voz dos apresentadores 

O apresentador Felipe Cardoso, ao fim da transmissão, comentou: “muito bom saber que Goiás produz talentos como o de Gloovez, não apenas no sertanejo mas também em outros gêneros”. O apresentador destaca a originalidade no som, que torna as músicas do DJ e produtor goiano reconhecíveis apenas pelo ouvido. “As referências da música clássica e do rock fazem com que o house de Gloovez se mantenha animado, mas com um toque sombrio especial e único”, finalizou Felipe.   

Ananda Leonel, que também está na apresentação do podcast, reforça o que foi dito por Felipe e ainda complementa: “Não só pelo som mas também a identidade visual dele reforça todo o conceito que o DJ traz para suas apresentações”. As referências à cultura japonesa e ao gótico tanto na música quanto no visual dos vídeos e apresentações complementam a identidade artística do produtor goiano. “Consigo ver Gloovez na produção de trilhas sonoras de grandes filmes”, finaliza a apresentadora.  

Nos últimos episódios 

O bate-papo sobre a música eletrônica com o DJ Gloovez aconteceu na 35° transmissão ao vivo do Papo Xadrez. O podcast dá sequência à série dedicada à música com a conversa sobre o House Music, mas até aqui muitos assuntos interessantes já rolaram nos estúdios do jornal ‘O Hoje’: do encontro com Clara Barreto, dedicado ao sertanejo, ao episódio do rap com o duo ‘7 Copas’, o podcast se consagra em sua versatilidade e qualidade.

Na semana passada, os apresentadores Felipe e Ananda estiveram com a cantora sertaneja Clara Barreto. Conhecida como a Rainha da Pinga, Clara está lançando seu segundo DVD e já acumula milhões de visualizações nas plataformas de streaming. Do interior de São Paulo para a capital do sertanejo: com 6 anos de Goiânia, Clara consolida seu nome na indústria musical Brasil afora. 

O 34° episódio do podcast foi dedicado ao rap goiano. Bujo, o dito cujo, e Sérgio Antonini vieram ao ‘Papo’ compartilhar suas experiências como cantores e compositores do duo ‘7 Copas’. Falando das dificuldades em lançar uma carreira num gênero musical tido como marginal na terra do sertanejo, Antonini resume: “Eu sabia o que eu queria, e eu sabia que eu era capaz de fazer aquilo só que eu não tinha a arma para fazer, eu estava sozinho”.

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