Em novo romance, Sean Penn recria Donald Trump e El Chapo

Obra ainda não tem data para ser publicada no Brasil. Clima no exterior é de polêmica

Postado em: 22-03-2018 às 15h27
Por: Guilherme Araújo
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Obra ainda não tem data para ser publicada no Brasil. Clima no exterior é de polêmica

Guilherme Araujo*

Ao que tudo indica, a polêmica entrevista feita por Sean Penn com El Chapo Guzmán, maior chefe do cartel de drogas mexicano e um dos homens mais procurados do mundo, não rendeu somente arrependimento, conforme afirmou meses após a repercussão do material, publicado pela revista Rolling Stone. O ator lança nesta sexta-feira (23) nos Estados Unidos Bob Honey Just Do Stuff, seu primeiro romance.

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A trama, que segundo a imprensa especializada deve gerar polêmica, sustenta-se em torno de um homem de meia idade, divorciado e desiludido que se divide entre mil obrigações, entre elas, a de assassino de aluguel de uma agência governamental misteriosa.

De acordo com veículos como o Page Six e o L.A. Times, que tiveram acesso ao livro, nas 176 páginas da publicação o protagonista ridiculariza o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em uma espécie de caricatura da realidade, o matador chega a fantasiar a morte do chefe de estado, que na obra aparece mascarado como Mr. Landlord, “um governante elegido por americanos e russos raivosos que possui uma insana obsessão por usar o Twitter”.

Outro ponto de destaque e que promove uma clara analogia ao presidente Trump é a capacidade do líder em se meter em maus lençois por seus comentários sexistas, provocando marchas feministas ao redor do mundo.

Recheado de referências à atual política do país, Penn também faz paródia do movimento Black Lives Matter, criado pela comunidade afro-americana em virtude dos altos índices de violência envolvendo negros. 

Carregado de referências a situações vividas pelo próprio Penn, aspecto que confere à publicação ares, ainda que indiretamente, autobiográficos, o livro apresenta o personagem em uma entrevista feita com um chefe de cartel de drogas fictício – uma analogia escancarada sobre seu longo encontro, em 2016, com El Chapo Guzmán.

Longe de ser seu primeiro encontro com polêmicas figuras do cenário mundial, a inspiração poderia muito bem ter partido de longa data. Em 2008, o ator esteve cara a cara com o venezuelano Hugo Cháves e o então presidente cubano Raúl Castro.

Ainda não há previsão sobre quando a obra desembarca no Brasil. 

 

* Guilherme Araujo é integrante do programa de estágio do jornal OHoje.com, sob supervisão de Naiara Gonçalves (Foto: Reprodução)

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