Polêmica das ‘fakenews’ é analisada no Mídia em Foco desta segun

Para debater a polêmica, a atração jornalística apresentada por Paula Abritta recebe a diretora da Agência Lupa, Cristina Tardáguila

Postado em: 02-04-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Para debater a polêmica, a atração jornalística apresentada por Paula Abritta recebe a diretora da Agência Lupa, Cristina Tardáguila

O Mídia em Foco discute o uso político das fakenews nesta segunda (2), às 22h45, na TV Brasil. O programa mostra que a disseminação de notícias falsas existe desde a antiguidade, cresce após a surgimento da imprensa e amplia o alcance com o advento da internet e a popularização das mídias sociais.

Para debater a polêmica, a atração jornalística apresentada por Paula Abritta recebe a diretora da Agência Lupa, Cristina Tardáguila; o jornalista e cientista político Leonardo Sakamoto; e o professor de Políticas Públicas da USP, Pablo Ortellado.

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Disseminar informações enganosas sob o disfarce de algo verdadeiro. O termo fakenews, “notícia falsa”, em inglês, se popularizou em dois mil e dezesseis a partir da disputa presidencial norte-americana entre Donald Trump e Hillary Clinton.

Segundo a jornalista Cristina Tardáguila, o impacto de uma notícia falsa varia. “Ele pode variar desde uma simples risada, você recebe e ri, porque é algo tão absurdo, até uma morte, como a da Fabiane de Jesus no Guarujá”, comenta ao recordar o linchamento de uma mulher confundida com uma suposta criminosa na periferia do Guarujá, no litoral de São Paulo, em maio de 2014.

Considerada a primeira empresa jornalística especializada na checagem de fatos do país, a Agência Lupa verifica de forma sistemática e contínua, o grau de veracidade das informações que circulam no Brasil. A jornalista Cristina Tardáguila é uma das fundadoras do projeto e dirige o negócio.

Para o também jornalista e cientista político Leonardo Sakamoto, a lógica em escala das mentiras propagadas ajuda a conferir credibilidade às informações falsas. “Há gradações, e quanto mais gradações houver, mais competente é a fakenews pra tentar subverter e entrar na população”, afirma.

Pablo Ortellado, professor de Políticas Públicas da USP, alerta para o risco de notícias enganosas se multiplicarem rapidamente. “A gente tem um conjunto de técnicas de desinformação que são utilizadas para fazer manchetes fortes, que fazem com que uma determinada notícia viralize”, explica.

‘Fakenews’ na história

De acordo com o dicionário Merriam-Webster, a expressão fakenews já aparece em jornais desde 1890. Mas para além desse registro, as notícias falsas existem e são propagadas no mundo muito antes disso.

Na antiguidade, o imperador romano Júlio César espalhava notícias falsas demonizando povos estrangeiros. No século 6, o historiador Procópio escreveu informações inverídicas difamando o imperador bizantino Justiniano.

Em 1522, o poeta italiano Pietro Aretino tentou manipular a eleição do papa escrevendo sonetos perversos sobre os candidatos.

O advento da internet ampliou seu alcance: primeiro através de blogs e sites; depois por meio das mídias sociais. A indústria das fakenews nunca foi tão lucrativa e seu poder de influenciar a política é cada vez maior. 

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