Linguagens e releituras

Camelô de Cantorias, novo álbum do cantor e compositor Pádua, chega às plataformas digitais

Postado em: 12-07-2023 às 10h00
Por: Elysia Cardoso Ferreira
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Trabalho reúne 10 faixas inéditas, todas autorais, com diferentes linguagens e leituras rítmicas | Foto: Claudia Mendonça

Diversidade rítmica e letras com diferentes linguagens marcam o 13º álbum do cantor e compositor goiano Pádua. Camelô de Cantorias chega às plataformas digitais no dia 25 de julho, com 10 faixas inéditas, todas autorais. Gravado com o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Goiânia, o trabalho mantém a essência do artista, traduzida em leituras que reúnem ritmos como samba, choro, coco, xote, baladas, entre outros. A turnê do novo álbum está marcada para começar com show em Goiânia, no dia 27 de setembro.

“Costumo dizer que simplificar é sempre complicado, mas neste novo trabalho fico feliz de ter conseguido o equilíbrio entre a diversidade e o singelo. Continuo, como nos meus discos anteriores, abrindo um leque de possibilidades musicais. Aqui, elas resultaram neste Camelô de Cantorias, com tantas identidades e variedades, mas sempre com uma personalidade bem marcada e contribuições incríveis de grandes parceiros e amigos”, analisa Pádua.

Camelô de Cantorias foi gravado entre março e maio de 2023, no Studio Up Music, em Goiânia, com direção musical e arranjos de Luiz Chaffin e produção executiva de Cláudia Mendonça. No álbum, Pádua assina sozinho duas faixas e divide com parceiros as outras oito, todas inéditas. Entre seus companheiros de criação neste trabalho, tem a estreia do poeta, escritor, pesquisador e médico dermatologista, Ademir Hamu, que divide com o cantor a música ‘Canto Maior’.

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Com o amigo de longa data Nasr Chaul, Pádua fez o chorinho ‘Tudo e Nada’, letra que Chaul compôs em homenagem ao compositor Sergio Sampaio. Com William Domingos, o cantor compôs ainda nos anos 90, as músicas ‘Obaluaiê’ e ‘Canto de Oyá’. Com o músico, compositor e arranjador Pedro Braga foi criada a letra de ‘Samba Esquecido’, melodia que também estava na ‘gaveta’ e foi resgatada durante a pandemia. 

Com a poeta mineira Marília Abduani nasceu a segunda parceria, a música ‘Verso e Reverso’, que tem a participação especial da cantora e compositora Isabella Arantes, uma das revelações da nova cena musical goiana. Com o parceiro Paulinho Pedra Azul, Pádua divide o ‘Xote Forró no Meu Quintal’. E, depois de longa data, o novo trabalho traz a segunda parceria de Pádua e Juraíldes da Cruz, o xote ‘Zóio da Cara’.

Sobre Pádua

Com 47 anos de carreira, o cantor e compositor, Antonio de Pádua da Silva, o Pádua, descobriu desde cedo que gostava de cantar e desenhar. Nascido em Goiânia, seus primeiros estímulos musicais começaram ouvindo Tonico e Tinoco, MPB e ritmos da época de sua infância. Chegou a trabalhar em jornais como cartunista e ilustrador, mas em 1976, começou a cantar profissionalmente. Sua música tem como inspiração, além de suas vivências, influências como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e repentistas nordestinos.

O primeiro registro de álbum foi em 1980, quando participou do disco ‘Festa do Compositor Goiano’. Em 1985, gravou seu primeiro trabalho solo, um compacto simples com as músicas ‘Pele’ e ‘Arrandurá’. Ainda na década de 1980, formou a banda ‘Asa da Cobra’, que o acompanhou por um longo tempo e abriu espaços no meio artístico. Em 1988, gravou no LP ‘Vôo de Cantor’, a música de sua autoria ‘Louca Magia’, uma das mais conhecidas do artista. No início dos anos 90, fez shows com Carlinhos Brown, Margareth Menezes e Gilberto Gil.

Em 2002, participou do ‘Projeto Canto da Gente’, com gravação de CD e realização de shows pelo estado ao lado de Fernando Perillo, Maria Eugênia e João Caetano. Com a iniciativa, foram os únicos brasileiros convidados a participarem do Wien Jazz Fest, em Vienna, na Áustria. Outra apresentação internacional de Pádua foi em 2005, na Feria de la Pêche et de I´Abricot, em Saint Gilles, na França, também junto com Fernando Perillo.

Ao longo da sua trajetória, Pádua também já se apresentou com grandes referências da MPB, como João Bosco, Almir Sater e Gonzaguinha. Com Camelô de Cantorias, o artista soma 13 discos na carreira, entre coletivos e individuais, consagrando-se como um dos maiores nomes da MPB goiana.

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