Pirenópolis com um novo olhar

Apesar da cidade ser referência do turismo goiano, ganhou recentemente destaque como uma ótima rota do cicloturismo

Postado em: 08-08-2023 às 08h00
Por: Lanna Oliveira
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Apesar da cidade ser referência do turismo goiano, ganhou recentemente destaque como uma ótima rota do cicloturismo

O Essência, nas edições de turismo, sempre te apresenta lugares incríveis ao redor do mundo. Mas como bons bairristas que somos, nada melhor do que valorizar o que há de mais lindo no nosso Estado. A partir desse pensamento, te convido a explorar Pirenópolis, em um roteiro nada convencional. Apesar da cidade ser referência do turismo goiano, ganhou recentemente destaque como uma ótima rota do cicloturismo. Grupos de bike redescobrem suas belezas naturais e estabelecimentos apostam na prática para aumentar faturamento.

O cicloturismo cresceu e a cada dia surgem mais pessoas interessadas em percorrer rotas de bicicleta. Seja pelo prazer de se deleitar de paisagens por outra perspectiva, ou pelos inúmeros benefícios do esporte, ser adepto da modalidade tem revigorado o lazer e turismo de algumas cidades. Nesse sentido, roteiros mais atrativos ganham força, como é o caso de Pirenópolis. Além dos grupos, o lugar também é destino de circuitos de ciclismo, como o Sertões Mountain Bike, realizado recentemente, entre outros. 

O ciclista Breno Saraiva Tavares faz parte de uma equipe de pedal com 90 integrantes há quatro anos e afirma que a cidade é destino recorrente, dada as paisagens naturais da redondeza e a receptividade. Breno pedala há 12 anos e conta que sempre que precisa pernoitar em alguma cidade procura por lugares com boa localização, segurança e tranquilidade. “Também valorizo quartos mais espaçosos para poder guardar a minha bike dentro. Pois é um bem muito caro, fico preocupado em deixá-la desprotegida”, completa. 

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Pela proximidade com Brasília e Goiânia, muitos grupos dessas cidades promovem várias pedaladas pela região, tornando Pirenópolis um destino cobiçado e prazeroso por todo cicloaventureiro. E se você está pensando em se aventurar por essas bandas, saiba que depois de um dia de bike e belas paisagens, o ideal é se jogar nas belas cachoeiras que há por lá. E não pense que a programação acaba por aí. Depois de revigorar o corpo e a alma, ainda há espaço na agenda para curtir os bons restaurantes da Rua do lazer. 

Cidade preparada

Seja como uma parada ou ponto final da rota, com a chegada dos ciclistas, a cidade precisa se preparar para dar suporte a esses turistas. O que acaba movimentando toda uma cadeia de restaurantes, lojas de equipamentos, oficinas de apoio, hospedagem entre outras. Serviços que o lugar já oferece para os turistas tradicionais, mas precisa adaptá-los para atender a esse público mais ‘esportista’. Assim, movimenta outras áreas da economia local e incentiva a abertura de novos comércios na região.

“É um perfil de turista mais aventureiro, que procura por diversão, adrenalina e contemplação de belas paisagens. Mas na hora do descanso, eles [os ciclistas] precisam recarregar as baterias porque no dia seguinte tem mais pedal pela frente ou a volta para casa”, destaca Vanessa Pires Morales, head de hospitalidade, vendas e marketing da STAY Piri Pousada Hotel, um dos locais que costuma receber ciclistas na cidade. A gestora conta que trabalhar com esse público requer atenção em alguns detalhes bem peculiares, mas importantes para eles. 

“Como os ciclistas rodam com equipamentos valiosos como bicicletas, itens de proteção, bolsas etc, a segurança é fator primordial quando eles decidem a rota. Por isso, sempre buscam um local para passar a noite que seja fechado [com muros], como é o caso da pousada que administro”, diz. Outro ponto destacado por Vanessa é o espaço. “Na maioria das vezes são grupos com muita gente. E é claro que sempre vão preferir ficar hospedados juntos, até mesmo para facilitar a saída no dia seguinte”. 

Já a alimentação foi um ponto destacado por Breno. “Quando ficamos na STAY Piri Pousada eles sempre abrem uma exceção quanto ao horário do café-da-manhã e nos servem mais cedo, já que temos que sair para nosso pedal bem cedinho e a hora não condiz com o horário do café, assim conseguimos nos alimentar antes de continuar nosso trajeto”, completa. Estrutura pensada para a modalidade, detalhes que o cicloturismo exige e o destino tem conseguido oferecer.

Conexão cultural

Vanessa diz que a pousada que administra aposta em conexão cultural para atrair turistas de diferentes regiões do Brasil. Ela oferece aos ciclistas nos chalés, os alfenins, doces típicos que, de tão especiais, são considerados Patrimônio Imaterial de Goiás. Os lustres foram produzidos por artesãos pirenopolinos. Peças que fazem menção aos mascarados, personagens tradicionais da Festa do Divino, estão dispostas na decoração do espaço. Para deixar essa experiência histórica-cultural ainda mais evidente, o cardápio também prestigia os produtores locais. 

“Acreditamos no potencial de Pirenópolis, por isso, valorizamos todos aqueles que contribuem para o desenvolvimento da cidade, por meio do turismo”, afirma Vanessa Pires Morales. Pedalar por uma trilha em Piri é considerado um passeio pela história local. Com a grande quantidade de montanhas e cachoeiras que circundam a cidade, os aventureiros rodam pelas trilhas dos garimpos e do gado da região e as transformam em rotas de ciclismo. Porque não se aventurar por novas perspectivas? É hora de ver Pirenópolis com um novo olhar.

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