Conheça Eduardo do Val, paulista apaixonado por games que decidiu investir no desenvolvimento dos seus próprios jogos
O programador e designer gráfico é aluno da FIAP e conquistou o pódio do Festival NEXT 2023 na categoria Minigames Dev Challenge, proposto pela Fanatee
Por: Maria Gabriela Pimenta
O dia 28 de outubro de 2023 marcou a vida de Eduardo do Val, 53, quando recebeu o seu primeiro grande prêmio desde que decidiu que não seria apenas um player em frente às telas, mas que também estaria nos bastidores, realizando o sonho de desenvolver os seus próprios jogos, dando vida às suas ideias.
O festival
Nesta data, a Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP) – onde do Val é aluno do curso de Desenvolvimento de Jogos Digitais – realizou o Festival NEXT 2023, no espaço ARCA, na Vila Leopoldina, em São Paulo. O evento reuniu projetos de tecnologia, negócios e ciências desenvolvidos pelos alunos da graduação ao longo do ano letivo. Estiveram presentes na ocasião influenciadores do ramo de tecnologia, como Alexandre Ottoni e Azaghal do Jovem Nerd, Rafaella Ballerini, Gabriel Fróes e Vanessa Weber, do canal Código Fonte e Paulo Silveira do Alura.
Um dos momentos mais aguardados foi a premiação dos alunos que se destacaram nos challenges propostos pelas empresas parceiras. Os três primeiros colocados receberam um prêmio em dinheiro, uma medalha e um shape (de skate) estilizado da FIAP. Eduardo, por sua vez, liderou uma das equipes que participaram do desafio lançado pela Fanatee – empresa de inovação e desenvolvimento de games – aos estudantes da FIAP, que consistia na criação de uma fase para o “Arena of Dreams”, jogo no estilo Party Royale composto por vários minigames. Como critérios avaliativos, o jogo não poderia conter violência e deveria estimular o aprendizado e o raciocínio rápido.
Gamificação na educação
A sua ideia foi criar um jogo cooperativo no qual as equipes recebem dicas através de um painel para formar palavras. Com isso, os jogadores devem coletar as letras corretas que respondem às perguntas e formar uma ponte, levando a equipe mais rápida à vitória. Para Eduardo, o jogo atende à faixa etária de 8 a 14 anos e é ideal para ser utilizado em salas de aula como uma ampliação do aprendizado. “As escolas podem realizar gincanas durante as aulas, com o intuito de fixar o conteúdo estudado, já que o game possibilita que o mediador escolha o tema e as palavras a serem formadas, então os professores de todas as disciplinas poderiam utilizar. Funcionaria como uma competição e os alunos ficariam muito envolvidos”, explica.
Ainda, ele comenta que a gamificação é uma metodologia de ensino inovadora: “É um jeito de aprender brincando, porque tira aquela obrigatoriedade e a pressão em aprender. Com os games, a criança estuda de forma muito leve e lúdica, sem nem perceber. É muito válido, principalmente, para estimular os estudantes com dificuldades no aprendizado”, reflete.
Programação, computação gráfica e game development
Eduardo do Val soma mais 30 anos de experiência como programador e mais de 25 anos com computação gráfica e, agora, está há 2 anos se dedicando ao universo do desenvolvimento de jogos digitais. Ele diz que é um sonho antigo, mas que, antigamente, na década de 80, produzir jogos era um grande mistério, um conhecimento pouco acessível. “Sempre gostei de jogar e achava fascinante como o jogo reagia aos nossos comandos. Como eu já tenho habilidade em programação e computação gráfica, uni as duas coisas para desenvolver games”, conclui.
No final deste ano, o entrevistado finaliza o curso superior em Jogos Digitais na FIAP. Até lá, está de olho em novas oportunidades para colocar as suas habilidades “para jogo”.
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