Cientistas criam “pênis biônico” que promete ser a salvação contra impotência sexual
Os pesquisadores descobriram uma solução para a infertilidade, disfunção erétil e doença de Peyronie
Por: Maria Gabriela Pimenta
Pesquisadores chineses desenvolveram um tecido artificial que restaura a função erétil e repara lesões penianas. O estudo foi realizado em porcos, que obteve bons resultados e acredita-se que, futuramente, a tecnologia poderá ser aplicada em homens que sofrem de disfunção erétil.
A pesquisa foi publicada na revista científica Cell Press na última quarta-feira. Ela sugere que a túnica albugínea artificial (ATA) pode ajudar a reparar lesões penianas também em humanos. A túnica imita a cobertura fibrosa dos testículos, permitindo manter a ereção.
Xuetao Shi, pesquisador da Universidade Tecnológica do Sul da China e autor do estudo, diz que a descoberta foi muito satisfatória, pois o tecido sintético atingiu funções semelhantes aos naturais, imitando a microestrutura deles. O tecido foi criado com o objetivo de tratar a infertilidade, disfunção erétil e doença de Peyronie, distúrbio que pode provocar contração e deformidades no pênis e dor no momento da ereção.
“Nós previmos amplamente os problemas e resultados do processo de construção do ATA, mas ainda assim ficamos surpresos com os resultados dos experimentos com animais, onde o pênis recuperou a ereção normal imediatamente após o uso”, afirmou Xuetao Shi.
Estima-se que cerca de 50% dos homens entre 40 e 70 anos sofrem de disfunção erétil, enquanto 5% sofrem da doença de Peyronie.
Os Testes
Os experimentos comprovaram que o tecido sintético não é prejudicial a outros tecidos do corpo. Os testes feitos com a ATA em porcos que estavam com problemas na túnica albugínea, comprovaram que a função erétil dos animais foi restabelecida. O resultado demonstrou que o tecido reagiu da mesma forma que o tecido peniano natural reagiria, evidenciando a qualidade em fazer o tecido cumprir as funções dos tecidos naturais.
Após um mês, os pesquisadores verificaram que o tecido desenvolveu fibrose semelhante ao natural e alcançou ereção normal após injetarem uma solução salina no pênis. Os pesquisadores planejam avançar com a descoberta e verificar se a técnica pode ser utilizada na reparação de outros tecidos, como bexiga e coração.
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