Quinta-feira, 28 de março de 2024

Gávea Tourist Hotel: conheça o “esqueleto” abandonado no coração da Tijuca

O prédio, que era utilizado para a prática de esportes e ensaios fotográficos, foi fechado para visitação

Postado em: 19-01-2023 às 15h46
Por: Cecília Epifânio
Imagem Ilustrando a Notícia: Gávea Tourist Hotel: conheça o “esqueleto” abandonado no coração da Tijuca
Gávea Tourist Hotel: conheça o "esqueleto" abandonado no coração da Tijuca | Foto: Reprodução/YouTube

O Gávea Tourist Hotel começou a ser construído em 1953, pelo arquiteto Décio da Silva Pacheco, com o objetivo de ser um luxuoso prédio para pessoas com um alto poder aquisitivo. Localizado na Estrada da Canoa, em São Conrado, no Rio de Janeiro, o hotel contaria com 30 mil metros quadrados para hospedar os visitantes da melhor forma.

Enquanto as obras continuavam, em 1965, uma festa de réveillon foi organizada no grandioso prédio, que por alguns anos, acabou virando sede de uma balada chamada Sky Terrace, localizada no andar térreo. Contudo, em 1972, a incorporadora Califórnia Investimentos interrompeu a construção e, cinco anos depois, decretou falência, deixando o prédio abandonado.

Com a obra parada e sem vigilância, os materiais deixados para traz, incluindo elevadores que vieram da Suíça, foram roubados por pessoas da região.

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Desde 1980, o Gávea Tourist Hotel passou a ser utilizado como abrigo para moradores em situação de rua e como esconderijo para bandidos que costumam guardar armas furtadas do exército.

Gávea Tourist Hotel atualmente

Nos dias atuais, o “esqueleto” da construção servia como uma espécie de ponto turístico alternativo para visitantes do Rio de Janeiro que, ao subir os 272 degraus, tinham uma vista belissíma da praia de São Conrado e da Pedra da Gávea.

Segundo moradores da região, além de ser utilizado para realização de fotos incríveis, o prédio também era usado para a prática de esportes, como rapel e skate. Sem falar que o local já foi palco para a gravação de clipes musicais.

O atual dono do Gávea Tourist Hotel é o empresário Jamil Elias Suaiden, que tinha o desejo de destruir a construção e, no lugar, fazer outro hotel luxuoso de quatro estrelas, dessa vez com aproximadamente 600 quartos além de um centro de convenções para os hóspedes.

O plano foi por água abaixo. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), não autorizou que o prédio sofresse alterações, por estar dentro da Floresta da Tijuca e próxima à Casa das Canoas, áreas tombadas como Patrimônio da Humanidade e Reserva da Bioesfera e Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Segundo assessoria, o Gávea Tourist Hotel não está aberto para visitação e possui vigilância no local.

Foto: Reprodução

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