Vampiros brasileiros: conheça 6 personagens que deixaram suas “presas” registradas

Um dos seres mais lendários de todos os tempos, também possui representantes em terras brasileiras

Postado em: 24-01-2023 às 16h01
Por: Cecília Epifânio
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Vampiros brasileiros: conheça 6 personagens que deixaram suas presas registradas | Foto: iStock/ Warpaintcobra

Quando pensamos em vampiros, geralmente lembramos da Romênia e o Conde Drácula, ou para a Inglaterra vitoriana, que possuia um gosto peculiar pelo macabro. Mas, curiosamente, a Irlanda foi um dos principais berços para essas criaturas.

Foi lá que Bram Stoker criou o seu Drácula e, décadas anteriores, Sheridan Le Fanu criou Camilla, uma das vampiras mais influentes na cultura pop.

Essas criaturas, conhecidas pelo peculiar hábito de beber sangue e dormir em caixões, tiveram seus representantes brasileiros. Os povos que viviam aqui em tempos pré-colombianos já cultivavam histórias sobre morcegos sanguinários e indígenas brasileiros com hábitos noturnos, que saíam degolando pessoas em trajes de morcegos.

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Porém, do século XIX para cá, quando começaram a surgir os vampiros fictícios, os personagens passaram a adotar características já consagradas no Velho Mundo – principalmente após a grande popularidade de Drácula.

Zé Vampir

Os quadrinho da Turma da Mônica foram cruciais para a formação de gerações de brasileirinhos. Para os que cresceram curtindo histórias sobre vampiros e outros seres macabros, a Turma do Penadinho foi a porta de entrada para esse mundo.

José Vampiro Vampir, mais conhecido como Zé Vampir, é inspirado nos elegantes vampiros de Hollywood. Ele tem aproximadamente 300 anos de idade e vem de uma longa linhagem de vampiros, que teriam parentesco com o vizinho de tumba do Drácula.

Zé Vampir tem uma característica meio galanteadora e vive ameaçando morder pescoços no Bairro do Limoeiro, mas geralmente se dá mal em suas investidas. 

Branca Holibachis

A história da ficção vampiresca brasileira mais atiga que se tem conhecimento, é datada como sendo do século XIX, possivelmente através do poema “Otávio e Branca: A Maldição Materna”. A obra foi escrita em 1849 por João Cardoso de Meneses e Sousa, o Barão de Paranapiacaba. 

A forma vampiresca de Branca aparece de maneira mais sugestiva do que literal, manifestando-se através de uma maldição hereditária. Na história, os personagens que dão nome à história morrem jovens e amaldiçoados, ficando livres para vagar entre os mundos.

Bento Carneiro

Um dos maiores humoristas do Brasil deixou suas presas vampirescas marcadas em nossa história. Um dos vários personagens do programa do Chico Anysio, Bento Carneiro, o Vampiro Brasileiro, era um personagem satírico, decadente e subnutrido que vivia em estado de miséria em seu castelo, na companhia de seu ajudante Calunga. 

Com um sotaque bastante carregado, ele era frequentemente incomodado por forasteiros que encontravam seu caixão. O vampiro tentava usar seus poderes para punir os intrometidos, mas os resultados acabavam em desastres, o que lhe deixava apenas com a possibilidade de rogar pragas, em especial o bordão “minha vingança será maligna”.

Mirza

Em 1967 o quadrinista Eugênio Colonnese criou Mirza, a Mulher Vampiro. A personagem foi marcada marcada pela erotização, que na época era bem popular nesse tipo de história de terror. 

Mirela Zamanova é a sétima filha de um nobre polonês cuja linhagem foi amaldiçoada. Após a transformação, adotou o nome de Mirza e passou a vagar por metrópoles de todo o mundo, frequentemente se deparando com outras criaturas sobrenaturais. 

Natasha

A novela Vamp, exibida em 1991, trouxe um tom sombrio para o segmento das novelas das sete. Na trama, a protagonista Natasha, interpretada por Cláudia Ohana, era uma cantora de rock que vendeu sua alma ao terrível conde Vladymir Polanski (Ney Latorraca), conhecido por Vlad, que era o líder dos vampiros. 

Com um enredo marcado por amores de vidas passadas e maldições com rituais específicos para serem quebradas, Vamp levou um pouco da atmosfera da Transilvânia para o litoral da fictícia cidade de Armações dos Anjos.

Bóris Vladescu

Outra novela vampiresca que fincou suas presas no imaginário popular brasileiro foi O Beijo do Vampiro, exibida entre 2002 e 2003. O roteiro ficou por conta de Antônio Calmon, que havia feito Vamp na década anterior. Calmon buscou inspiração no livro Drácula, de Bram Stoker, além das versões cinematográficas do clássico, incluindo a paródia de Mel Brooks Drácula: Morto, mas Feliz. 

O enredo também envolve uma perseguição através de reencarnações de um poderoso vampiro que está atrás de uma mulher que ele acredita ser sua amada. O duque Bóris Vladescu foi estrelado por Tarcísio Meira.

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