Homem pula em valão na Barra da Tijuca para resgatar celular caro

Augusto Figueiredo, operador de máquina de 29 anos, mergulhou na água imunda na saída do Riocentro, na Barra da Tijuca, para resgatar celular.

Postado em: 08-05-2023 às 14h40
Por: Julia Kuramoto
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Foto: Reprodução/Redes

Augusto Figueiredo, operador de máquina de 29 anos, mergulhou na água imunda na saída do Riocentro, na Barra da Tijuca. O homem havia saído de um festival de rap na manhã deste sábado (6). Morador de Manaus, Augusto levou três horas dentro do valão, à procura do celular, um iPhone 12 Pro Max, que havia comprado há dois meses.

Em entrevista ao Extra, conta que não sabia dos perigos que passava, inclusive risco de ataque de jacarés e cobras. Felizmente, o aparelho voltou a funcionar normalmente, e Augusto afirma que apesar do transtorno, não se arrepende do que fez.

O operador ficou quatro horas na unidade de saúde pública, onde levou cinco pontos no pé, bem como uma vacina antitetânica. Desse modo, o manauara explica que o celular caiu enquanto fazia xixi atrás do taxi, que o levava para a casa de um amigo em Bonsucesso, onde estava hospedado.

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Confira o vídeo:

“Eu acho que na hora foi doidera. Só depois que aconteceu, fiquei pensando nos perigos. Não ia valer a pena se eu não achasse meu celular, mas eu achei. O que era certo? Deixar para lá? Será?”, comenta.

Portanto, as imagens de Augusto no valão viralizaram nas redes sociais, neste sábado (30). Sendo assim, ele conta que ao fundo do vídeo ouve-se um homem dizendo que um motorista de aplicativo teria feito o resgate, o que era mentira. Além disso, diz ter oferecido R$ 2 mil para quem achasse o aparelho, fazendo um vendedor ambulante pular no mangue também, porém, este desistiu.

“Eu ofereci dinheiro, mas eu já tinha pulado. Tinha muita gente na hora, gente filmando, mas não imaginava que teria essa repercussão toda. Só queria recuperar meu celular, minha família ainda não sabe de nada.”, relata Augusto.

O biólogo Mário Moscatelli, ressalta que o operador deveria realizar exames mais detalhados devido aos riscos que correu ao entrar no mangue.

“Em relação à fauna, ele só correria risco se estivesse ficado próximo a algum ninho de jacarés. Aí, sim, poderia ter havido uma reação de defesa da fêmea. Fora isso, o que ele correu risco mesmo foi de ter pego uma doença causada pelo esgoto que escoa nesses canais. Entre elas, hepatite, gastroenterite, micoses, conjuntivite, otite.”, explica Mário.

Por fim, Figueiredo diz que tinha certeza de que encontraria o aparelho, e que não está preocupado com doenças.

“Tenho um bagulho chamado fé. Não sabia o real risco, só fiquei com medo de aparecer uma cobra, mas doença eu não peguei e nem vou pegar. Para achar o celular eu ficava pisando nas coisas e com isso cortei bastante os pés e precisei levar pontos. Estou tentando agora comprar muletas para viajar de volta para Manaus hoje à noite. Como não conheço nada no Rio, estou com dificuldades “, conclui.

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