Tratamento não hormonal para menopausa é aprovado, nos EUA
A agência reguladora dos Estados Unidos equivalente à Anvisa, a Food and Drug Administration (FDA), aprovou nesta sexta-feira (12) o uso de um medicamento não hormonal para o tratamento das onda de calor moderadas a graves, provocadas pela menopausa.
Por: Julia Kuramoto
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A agência reguladora dos Estados Unidos equivalente à Anvisa, a Food and Drug Administration (FDA), aprovou nesta sexta-feira (12) o uso de um medicamento não hormonal para o tratamento das onda de calor moderadas a graves, provocadas pela menopausa. Sendo assim, o tratamento é uma opção para mulheres que não podem fazer terapias hormonais devido a diversos fatores.
O Veozah, fabricado pela farmacêutica japonesa Astellas Pharma, é um antagonista ao receptor de neuroquinina 3 (NK3). Portanto, ele atua bloqueando as atividades do receptor, que desempenha um papel na regulação da temperatura corporal do cérebro.
No decorrer da menopausa, o corpo feminino produz menor quantidade de hormônios estrogênio e progesterona. Dessa forma, eles podem incluir períodos de sudorese, vermelhidão na pele e calafrios, que duram vários minutos.
“As ondas de calor como resultado da menopausa podem ser um fardo físico sério para as mulheres e afetar sua qualidade de vida”, afirmou a diretora do Escritório de Doenças Raras, Pediatria, Medicina Urológica e Reprodutiva, do FDA, Janet Maynard.
Estudo clínico
Um estudo clínico de fase 3 – a mais avançada – mostrou que o uso cotidiano do medicamente, sempre no mesmo horário, ajudou a reduzir a frequência e gravidade dos sintomas. Além disso, melhora a qualidade de vida das mulheres enquanto fazem o tratamento. Os resultados contribuíram para a autorização por parte da FDA.
Os efeitos colaterias mais comuns foram:
- Dor abdominal;
- Diarreia;
- Insônia;
- Dor nas costas;
- Elevação de enzimas hepáticas
Entretanto, existe um alerta sobre o risco de lesões no fígado. O FDA conta que as mulheres que pensam em tomá-lo devem realizar exames de sangue para garantir que não tenham nenhum dano ou infecção no fígado anterior ao início do tratamento. Além disso, devem ser monitoradas com exames sanguíneos a cada três meses.