Vacinas contra câncer poderão estar disponíveis em 2030, prevê farmacêutica

A farmacêutica norte-americana Moderna é a pioneira no desenvolvimento da tecnologia de RNA mensageiro utilizada no imunizante contra a Covid-19, e tem ambições de curto prazo no tratamento de câncer.

Postado em: 11-04-2023 às 17h34
Por: Julia Kuramoto
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Foto: Divulgação/Moderna

A farmacêutica norte-americana Moderna é a pioneira no desenvolvimento da tecnologia de RNA mensageiro utilizada no imunizante contra a Covid-19, e tem ambições de curto prazo no tratamento de câncer. Sendo assim, no fim de semana, um executivo da companhia diz que eles pretendem concluir as vacinas contra câncer e outras doenças até o ano de 2030.

Desse modo, a tecnologia de RNA mensageira ensina as células a produzirem uma resposta contra determinadas doenças, sem que precise utilizar o vírus que as causa. Foi com a corrida para a vacina contra a Covid que acelerou as pesquisas.

“Acho que o que aprendemos nos últimos meses é que, se você já pensou que o RNAm era apenas para doenças infecciosas ou apenas para Covid, a evidência agora é que esse não é o caso. Pode ser aplicado em todos os tipos de áreas de doença; em câncer, doenças infecciosas, doenças cardiovasculares, doenças autoimunes, doenças raras”, afirmou Paul Burton, diretor-médico da Moderna para o The Guardian.

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A FDA – agência reguladora de medicamentos dos EUA – concedeu a uma vacina desenvolvida pela indústria Moderna, a designação de ‘terapia inovadora’ no tratamento de um tipo agressivo de câncer de pele, o melanoma. Sendo assim, com essa designação, o desenvolvimento e revisão do medicamento ganham mais rapidez.

Ademais, existe ainda a expectativa de vacinas para doenças raras em um horizonte de dez anos. Porém, para que isso se torne realidade, é necessário um alto nível de investimento para as pesquisas.

“Estamos nos aproximando de um mundo onde você realmente pode identificar a causa genética de uma doença e, com relativa simplicidade, editar e reparar [os genes] usando a tecnologia baseada em RNAm”, explicou Paul.

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