Linha Direta: relembre o caso da madrasta que envenenou os enteados por ciúmes

Cíntia Mariano Dias Cabral é acusada de envenenar os enteados com chumbinho

Postado em: 28-06-2023 às 16h29
Por: Ana Beatriz Santiago
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Imagem: Reprodução/Globo

O caso Cíntia Mariano Dias Cabral é tema do Linha direta dessa quinta-feira (29/6), marcado por acusações de envenenamento e morte de seus enteados por ciúmes. A informação foi dada com exclusividade pelo portal Splash.

A história começa em março de 2022, quando Fernanda Cabral, enteada de Cíntia, de apenas 22 anos, foi internada em um hospital após apresentar sintomas de uma suposta intoxicação alimentar. Infelizmente, Fernanda não resistiu e faleceu pouco tempo depois.

No mês de maio do mesmo ano, o enteado de Cíntia, Bruno Cabral, de 16 anos, também começou a passar mal com sintomas semelhantes ao da irmã após um jantar preparado pela madrasta. Ele foi levado ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, onde os médicos diagnosticaram intoxicação exógena causada pelo contato com substâncias químicas. Bruno relatou ter percebido um sabor amargo no feijão e fragmentos azuis na comida. O caso despertou suspeitas de envenenamento.

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Cíntia foi presa no dia 15 de maio de 2022, logo após a internação de Bruno. A polícia começou a investigar e acusa a mulher de envenenar os enteados. A defesa de Cíntia alegou sua inocência e considerou a prisão desnecessária. Segundo a versão de Cíntia, Bruno teria se referido a um tempero industrializado utilizado na comida que não teria sido absorvido pelo feijão.

Durante as investigações, surgiu o depoimento da filha biológica de Cíntia. Nessa versão sua mãe teria confessado adicionar chumbinho na comida dos enteados. As suspeitas recaíram sobre os ciúmes que Cíntia sentia em relação à relação de seus enteados com seu marido, com quem estava casada há seis anos.

Em setembro de 2022, ocorreu uma audiência no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Cíntia foi interrogada, mas permaneceu em silêncio e não reagiu quando informada de que continuaria presa até o julgamento em júri popular.

No ano seguinte, em 2023, o julgamento de Cíntia foi retomado. Testemunhas que não haviam comparecido na primeira audiência foram ouvidas. Entre elas estavam a perita Gabriela Soares, o delegado Flávio Ferreira Rodrigues, a mãe dos jovens, Jane Carvalho Cabral, e Bruno Carvalho Cabral, irmão de Fernanda e sobrevivente da tentativa de envenenamento.

A sessão durou aproximadamente 20 minutos, e a prisão preventiva de Cíntia foi mantida pela juíza responsável pela sessão, Tula Corrêa de Melo. A defesa de Cíntia recorreu à decisão, aguardando a análise do recurso para dar continuidade ao processo. O julgamento em júri popular foi marcado para acontecer entre fevereiro e março de 2024.

Durante a sessão de 2023, o neurologista e perito médico legista Gustavo Figueira Rodrigues prestou depoimento, afirmando que o caso apresentava sinais de intoxicação, de acordo com o laudo do paciente Bruno. Os advogados de Cíntia pediram que ela se mantivesse em silêncio após o depoimento do perito. Além disso, a defesa solicitou a anulação das provas obtidas por meio da exumação do corpo de Fernanda Cabral, alegando falta de requisição formal para a realização dos exames. Também foi pedido a retirada do agravante por “motivo fútil”.

O Linha Direta vai ao ar às quintas-feiras na Globo, às 23:00, horário de Brasília.

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