Relembre o caso do serial killer que usava aplicativos de relacionamento para selecionar vitimas em Curitiba

O caso vai ao ar no Linha Direta dessa semana

Postado em: 31-05-2023 às 18h20
Por: Ana Beatriz Santiago
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Imagem: Globo

O caso do serial killer José Tiago Soroka, que selecionava suas vitimas usando perfis falsos em aplicativos de relacionamento homossexuais, será exibido no Linha Direta dessa quinta-feira (1/6).

Tudo começou quando o enfermeiro David Levisio de 30 anos desapareceu sem dar noticias para os colegas de trabalho nem amigos próximos. Preocupadas, 3 amigas de David decidiram visita-lo em sua casa onde encontraram a porta trancada e após arrombamento o corpo de David foi encontrado morto e amarrado com fita adesiva deitado na cama, seu computador havia sido roubado. Procurando em câmeras, foi descoberto que um homem com quem David se relacionava foi a última pessoa a vê-lo com vida.

Poucos dias depois, chegou a policia o assassinato do estudante de medicina Marcos Vinico Bozzana com as mesmas características: jovens homossexuais que moravam sozinhos e utilizavam aplicativos de relacionamentos, os corpos mortos por estrangulamento, deixados amarrados e vestidos em cima da cama com portas trancadas e pertences roubados. Casas próximas, ambos em uma terça-feira.

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O professor universitário Robson Olivino Paim vivia na cidade de Abelardo Luiz, que fica próxima de Chapecó em Santa Catarina, foi encontrado por familiares com a assinatura do serial killer e teve seu carro roubado semanas antes, o veículo foi rastreado e encontrado no mesmo bairro onde moravam David e Marcos.

A policia chegou até Soroka que confessou apenas os 3 crimes que eram de conhecimento geral apesar da estimativa de que tenha feito de 10 a 20 vitimas, segundo o delegado Tiago Nobrega que era responsável pelo caso: “Ele disse que sempre agia do mesmo modo. Se a vítima reagisse, relutasse, ele a esganava até a morte. A questão da data, dos últimos terem sido praticados às terças-feiras, foi uma coincidência, mas que ele tinha sim o objetivo de praticar um crime por semana”

O serial killer nunca citou homofobia como uma condição para seus crimes mas confessou que os crimes foram cometidos apenas contra homens. Na época o delegado disse em entrevista que: “deu a entender que mexia com o lado íntimo dele, que mexia com a parte emocional dele, levando sim a entender que ele tem problemas com a questão da homossexualidade”

José Tiago morava em pensões e usava diversos nomes falsos para se hospedar. Ele afirmou estar sempre em movimento para não ser encontrado pela policia e que pela forte divulgação de seu rosto na época já não conseguia mais fazer vitimas e era reconhecido nos aplicativos como “o serial killer da TV”.

O homem já tinha duas passagens pela policia por roubo, uma em 2015 e outra em 2019, além de uma medida protetiva feita por uma ex-namorada. José Tiago Correia Saroka foi condenado em 2021 a 104 anos de prisão por latrocínio, roubo agravado, extorsão e homofobia.

O episódio do Linha Direta intitulado ‘serial killer de homossexuais’ vai ao ar na quinta-feira (1/6) às 23 horas, horário de Brasília.

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