Há cem anos, jornais americanos ainda faziam propaganda para vender eletricidade

Mesmo 40 anos após a introdução da energia elétrica, algumas pessoas ainda tinham que ser convencidas sobre as vantagens de utiliza-la

Postado em: 29-06-2023 às 09h17
Por: Mariana Fernandes
Imagem Ilustrando a Notícia: Há cem anos, jornais americanos ainda faziam propaganda para vender eletricidade
Mesmo 40 anos após a introdução da energia elétrica, algumas pessoas ainda tinham que ser convencidas sobre as vantagens de utiliza-la | Foto: Divulgação

Se você acha difícil viver sem celular hoje, imagine ficar sem eletrodomésticos ou energia elétrica todas as noites. Essa era a realidade de milhares de pessoas há apenas cem anos. Thomas Edison criou a lâmpada elétrica em 1879, e a primeira usina de energia elétrica em 1882. A primeira conta de luz da história foi enviada para uma empresa de latão e cobre de Nova York, no valor de U$ 50,40 – equivalente a mais de U$ 1.000 em valores atuais, ou seja, R$ 5.268,00.

Como ter energia em casa era caro, nem todo mundo estava tentado a fazer um investimento alto sem ter o conhecimento de que o investimento valeria a pena. Mesmo após 40 anos, em 1920 o jornal New York Tribune publicava propagandas sobre os benefícios da eletricidade, conforme a ilustração abaixo:

“Nunca antes as questões de economia e eficiência na produção foram de tamanha importância quanto agora na vida industrial do país. Isso é verdade tanto para as grandes plantas quanto para as pequenas lojas. A eletricidade está provando ser uma agência mais eficaz para solucionar diversos problemas à medida que aparecem”.

Continua após a publicidade

O anúncio ainda ilustrava alguma das utilidades da energia elétrica em fábricas: iluminação adequada para evitar acidentes; ventilação elétrica; e redução do trabalho exaustivo. As imagens mostram equipamentos elétricos como impressoras, cortador de tecido e geladeiras.

Quem colocava essas propagandas nos jornais era a New York Edison– companhia de energia elétrica que funciona até hoje sob o nome de Consolidated Edison. Ao final do anúncio, aparecia uma lista de endereços da empresa onde os visitantes poderiam ver as máquinas elétricas em funcionamento.

O blog da Biblioteca do Congresso, onde está o jornal histórico, diz que “em 1920, a eletricidade ainda era tão nova e que a New York Edison não tinha apenas que convencer os consumidores a comprá-los especificamente, mas de comprar o produto [a eletricidade ]”. Estava descrito também que “ainda existiam algumas pessoas que precisavam ser convencidas de que a eletricidade era mais do que uma mania passageira”.

Leia também: Encontro de Culturas se torna Patrimônio Imaterial de Goiás

Veja Também