Alimentos pressionam e inflação volta a subir

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, voltou a subir

Postado em: 11-08-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, voltou a subir

Os preços dos alimentos continuaram a pressionar a inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, voltou a subir ao passar de 0,35% para 0,52% entre junho e julho deste ano, uma alta de 0,17 ponto percentual no período.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que, com a alta de julho, a taxa acumulada nos últimos doze meses (a inflação anualizada) ficou em 8,74%, abaixo, no entanto, dos 8,84% relativos aos doze meses imediatamente anteriores: 0,1 ponto percentual.
Nos primeiros sete meses do ano (janeiro/julho) a inflação medida pelo IPCA acumula alta de 4,96%, resultado também inferior aos 6,83% de igual período de 2015. Neste caso, a queda é bem maior do que a taxa anualizada: 1,87 ponto percentual. Em julho de 2015, o IPCA registrou variação de 0,62%.
Em Goiânia, os alimentos básicos como o leite longa vida, o arroz, o feijão carioca, o café, as carnes suína e de frango, o fubá de milho e o macarrão, além da taxa de água e esgoto e a mensalidade dos cursos de informática foram os vilões da inflação de Goiânia, no mês de julho. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) chegou a 1,43%, o segundo maior do ano, atrás apenas de janeiro (1,75%) e elevou a inflação acumulada no ano para 7,14%. Os dados são do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan).
Os preços dos alimentos e as despesas com habitação corresponderam a 79% da formação do IPC de Goiânia, em julho.  Mas os grupos de saúde e cuidados pessoais, educação, vestuário, despesas pessoas e também artigos residenciais contribuíram para manter positiva a taxa de inflação do mês passado. Já o grupo de transportes registrou queda, graças a diminuição do preço da gasolina comum (-1,04%), do etanol (-1,12%) e da passagem de ônibus intermunicipal (-3,63%). Já o de comunicação ficou estável, pelo segundo mês consecutivo.
Segundo o economista Marcelo Eurico de Sousa, gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais do IMB/Segplan, a alta dos alimentos registrada em julho não foi surpresa. Porém, ressalta ele, os índices de aumentos foram muito elevados e, ao lado da tarifa de água e esgoto, pressionaram a inflação de julho e contribuíram para comprometer, ainda mais, o orçamento das famílias. Ele lembra que, desde janeiro passado, os alimentos estão em alta e prevê que esta situação ainda permanecerá por alguns meses, até a chegada da próxima safra de grãos, que ainda será plantada.

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