Pequenas indústrias começam o ano com desempenho positivo segundo pesquisa da CNI

Este é o segundo ano consecutivo que o índice pode ser considerado positivo no quarto trimestre

Postado em: 12-02-2022 às 13h00
Por: Igor Afonso
Imagem Ilustrando a Notícia: Pequenas indústrias começam o ano com desempenho positivo segundo pesquisa da CNI
Este é o segundo ano consecutivo que o índice pode ser considerado positivo no quarto trimestre | Foto: Reprodução

As pequenas empresas ganharam certo fôlego no último trimestre de 2021. Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Panorama da Pequena Indústria aponta que o Índice de Desempenho apresentou uma desaceleração mais branda e ficou em 47,7 pontos acima da média histórica – 43,4 pontos. O resultado  do quarto trimestre de 2021 é positivo quando comparado com o mesmo período de anos anteriores.

Este é o segundo ano consecutivo que o índice pode ser considerado positivo no quarto trimestre, uma vez que, em 2020 o quarto trimestre registrou excepcionalmente 49,4 pontos, devido a recuperação da indústria pós pandemia. 

“Normalmente, é esperado uma queda na transição do terceiro para o quarto trimestre. Nos últimos dois anos, essa desaceleração foi mais suave, o que é uma boa notícia, pois significa que mantiveram suas atividades de produção em ritmo”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. 

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O indicador varia de 0 a 100 pontos e quanto maior ele for, melhor é a performance do setor. Apesar deste bom desempenho, o Índice de Situação Financeira registrou 42 pontos e marca uma queda de 1,1 ponto, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Entretanto, o índice permanece acima da média histórica de 37,7 pontos.

“Independentemente do segmento industrial, seja extrativa, de transformação ou de construção, no quarto trimestre de 2021, o pequeno empresário relatou estar com mais dificuldade que o normal para acessar crédito”, destaca Azevedo.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) para as pequenas indústrias alcançou 55,9 janeiro de 2022. Uma queda de 1,8 ponto foi registrada na comparação com dezembro de 2021. O resultado representa uma reversão do avanço da confiança que havia sido registrada na passagem de novembro para dezembro de 2021. Apesar da queda em 2022, o ICEI para a pequena indústria permaneceu acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança.

Este indicador também está acima da média histórica de 52,8 pontos, portanto, o empresário segue otimista, mas com menos confiança que em dezembro. Daniel Soares é empresário no ramo do mármore em Goiânia e aponta que começou 2022 com mais confiança no mercado do que nos outros anos da pandemia de Covid.

“Depois de tanto esperar pela abertura do comércio, no final do ano agora e com o avanço da vacinação, consigo ver os resultados nas vendas. Finalmente posso dizer que meu comércio está lucrando e voltando a crescer”, alega.

Gestão ambiental

Ao falar de gestão ambiental muitos empresários, principalmente os menos  atualizados, já ficam de ‘cara feia’ e acham que isso não tem relação com eles. Mas o tema é muito mais importante do que se pensa e erros podem e levam ao fechamento de muitas empresas.

“Por muitas vezes, a gestão ambiental é confundida por ações ambientais, como plantar uma árvore ou adotar o uso do papel reciclável no seu material publicitário. No entanto, trata-se de algo bem mais amplo que um simples conceito limitado, cabe a esta área do conhecimento buscar o equilíbrio entre o meio ambiente, a sociedade e a economia”, explica Davi Barroso Alberto, sócio da Mercoline Assessoria e Consultoria Legal.

Ele conta que na gestão ambiental se busca as responsabilidades empresariais com o meio ambiente e a sociedade, garantindo o cumprimento das legislações desta área. A finalidade é mitigar os impactos ambientais adversos, evitando-se, assim, condutas consideradas lesivas ao meio ambiente, que podem levar a eventuais sanções penais e administrativas, para além da obrigação de reparar os danos causados.

Davi cita como exemplo de umas das obrigações ambientais, até mesmo para uma pequena empresa, deixar de dar destinação ambientalmente adequada a resíduos ou substâncias quando assim determinar a lei ou ato normativo, ou o simples fato de não manter atualizadas e disponíveis aos órgãos ambientais competentes informações completas sobre a implementação e a operacionalização do plano de gerenciamento de resíduos sólidos sob sua responsabilidade.

Em outras palavras, as empresas que não possuem um gerenciamento adequado das suas obrigações ambientais, pilar essencial do sistema de gestão ambiental, sempre estarão vulneráveis ao risco legal previsto em nosso ordenamento jurídico, independente do seu porte econômico.

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