Segunda-feira, 08 de julho de 2024

País perdeu R$ 1 trilhão por demora no desenvolvimento do pré-sal, diz ANP

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, diz que o leilão dos blocos representa a "reinserção do país na rota mundial da indústria do petróleo e gás"

Postado em: 27-10-2017 às 13h35
Por: Márcio Souza
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O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, diz que o leilão dos blocos representa a "reinserção do país na rota mundial da indústria do petróleo e gás"

O diretor-geral da Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), Décio Oddone, disse
hoje (27) que com a demora na realização de leilões para exploração do pré-sal,
o país perdeu grande volume de investimentos. Desde que o pré-sal foi
descoberto, somente uma área tinha sido licitada até o momento.

“O pré-sal foi descoberto há
uma década, e nesse período, só uma área foi licitada, a de Libra. A sociedade
brasileira perdeu mais de R$ 1 trilhão, entre investimentos e arrecadação. Esse
atraso no desenvolvimento do pré-sal foi a maior oportunidade perdida em uma
geração. Mas estamos deixando esse tempo para trás”, disse Décio Oddone,
na abertura da segunda rodada de leilão de partilha dos blocos da área.

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O leilão estava programado para
começar às 9h, mas uma decisão liminar do juiz Ricardo de Sales, da 3ª Vara
Federal Cível do Amazonas, suspendeu a segunda e terceira rodadas. A
Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu, e o Tribunal Regional Federal da 1ª
Região (TRF1) cassou a liminar, liberando a realização das rodadas de licitação
do pré-sal. Para o diretor-geral, o Brasil tem mostrado segurança jurídica para
os investidores.

Oddone afirmou ainda que os oito
blocos ofertados vão transformar São Paulo em um dos principais produtores de
petróleo do Brasil, e farão com que o Rio de Janeiro volte a ser a capital
brasileira do petróleo e uma das regiões de maior produção do mundo. Os blocos
estão localizados nas bacias de Campos (RJ) e Santos (SP).

“A produção do pré-sal
poderá ser responsável pelo maior acréscimo de oferta de petróleo fora dos
países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, nos próximos anos.
Com isso, o Brasil retoma seu espaço na primeira liga do petróleo
mundial”.

Liderança

O ministro da Secretaria-Geral da
Presidência da República, Moreira Franco, também discursou na abertura da
segunda rodada e destacou que o leilão faz parte do esforço para
“reestabelecer a liderança do setor de óleo e gás na construção do Produto
Interno Bruto Brasileiro”.

Moreira Franco ressaltou a importância
do setor para o estado do Rio de Janeiro, que vive uma das maiores crises
financeiras, e afirmou que a economia nacional saiu de uma situação de
“desesperança e profunda insegurança”.

Segundo ele, o caminho seguido
pelo governo “vai permitir a recuperação da economia brasileira e com a
possibilidade de ter um desenvolvimento sustentável no país, sobretudo pela
segurança jurídica, pela clareza nas regras, pela capacidade que todos terão e
começam a ter, com a certeza de que há igualdade de oportunidade e concorrência
em todos os campos da atividade econômica, sobretudo na relação do setor
privado com o setor público”.

Rota mundial do petróleo

O ministro de Minas e Energia,
Fernando Coelho Filho, diz que o leilão dos blocos representa a “reinserção
do país na rota mundial da indústria do petróleo e gás”.

“É o momento em que o país se
encontra dividido e envolvido em questionamentos, mas também momento de
esperança. O povo brasileiro saberá dar a volta por cima”.

Ele aposta que o resultado da
licitação “será um sucesso que será alardeado pelos quatro cantos do
mundo, que em alto e bom som dirá que o Brasil voltou a rota da indústria de
óleo e gás no mundo – e tenho certeza de que não mais sairá dela”. 

(Agência Brasil) Foto: Reprodução

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