Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Em jogo épico, seleção feminina de vôlei sentado estreia com vitória sobre o Canadá

Uma estreia com vitória épica sobre o Canadá. Numa batalha de 2h40 na quadra do Complexo Makuhari Messe, na capital japonesa, na

Postado em: 27-08-2021 às 13h19
Por: Victor Pimenta
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Com direito a tie-break e quase três horas de jogo, a estreante em Jogos Paralímpicos, Luiza Fiorese, chegou a perder a voz com o triunfo brasileiro | foto: Ale Cabral / CPB

Uma estreia com vitória épica sobre o Canadá. Numa batalha de 2h40 na quadra do Complexo Makuhari Messe, na capital japonesa, na manhã desta sexta-feira (27), a seleção brasileira feminina de vôlei sentado derrotou as canadenses por 3 sets a 2 (21/24, 26/24, 25/20, 27/29 e 17/15) nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

“Foi demais, eu cheguei a passar mal, começou a me dar enjoo (risos). A gente tava muito ansiosa. Por ser o primeiro jogo tem que dar um desconto, tirou o peso da estreia”, comemora a estreante em Jogos Paralímpicos, Luiza Fiorese, após a emocionante partida.

“Tô muito rouca, gritei muito. Eu não sou titular, mas o banco tem que jogar junto. Entrei pra sacar em três momentos e acho que fui bem. Poderia ter sido mais agressiva, mas pela ansiedade foi difícil”, reconhece a atleta, que não escondeu a emoção de estrear em uma Paralimpíada. “A sensação de entrar na quadra, os protocolos. É muito gostoso sentir isso tudo e defender o Brasil”.

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Depois de perder o primeiro set (21/24), o Brasil virou a partida vencendo os dois sets seguintes (26/24 e 25/20). A seleção chegou a abrir vantagem no quarto set, mas o Canadá encostou e virou o placar, empatando o jogo em 2 a 2. Para Luiza, a falta de ritmo de jogo da equipe permitiu que as canadenses mantivessem o equilíbrio da partida. “Ficamos muito tempo na pandemia sem jogar, as canadenses já tinham feito amistosos. Pela falta de ritmo de jogo, o resultado foi muito positivo. Era o nosso principal adversário na chave”, observa.

Em um duelo decidido nos detalhes, as brasileiras também demonstraram que o lado emocional está em dia. Numa disputa ponto a ponto no tie-break, o Brasil viu o Canadá estar à frente no placar, mas manteve o equilíbrio necessário para fechar o jogo em 17 a 15. “Acho que a camisa pesou, as meninas que são mais experientes assumiram o BO. Elas jogam há mais tempo, tem noção do que é viver um tie-break”, avalia Luiza.

Perto das semifinais

O triunfo sobre o Canadá deixa o Brasil em posição muito boa no grupo A da competição, que também tem Itália e Japão. As italianas bateram as japonesas por 3 sets a 0 (25/23, 25/11 e 25/10) na estreia, em 1h13 de jogo.

A seleção brasileira volta à quadra no domingo, às 8h30 (de Brasília), para enfrentar o Japão e uma vitória pode garantir a equipe na semifinal, desde que a Itália derrote o Canadá na madrugada de domingo, às 2 horas (de Brasília). 

“Queremos passar em primeiro pra pegar a segunda colocada do grupo B. A seleção japonesa defende muito, mas acho que o Brasil pode vencer bem o jogo”, avalia Luiza, já de olho nas adversárias da outra chave, de onde sai a rival em uma possível semifinal do torneio paralímpico de vôlei sentado. 

O grupo B tem Estados Unidos, China, Comitê Paralímpico Russo e Ruanda. “Os Estados Unidos é o mais forte e vai ter uma briga entre China e Comitê Russo pela segunda vaga”, diz Luiza.

Após o jogo contra o Japão, no domingo, o Brasil faz o último jogo da fase de classificação na próxima terça-feira, às 22 horas (de Brasília), contra a Itália, com transmissão ao vivo pelo SporTV 2.

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