Brasil mostra potencial de crescimento no Mundial de Atletismo disputado em Budapeste

O Campeonato Mundial de Atletismo de Budapeste, na Hungria, reuniu 2.000 atletas de 200 países. O grande destaque da equipe brasileira, sem

Postado em: 31-08-2023 às 13h00
Por: Ildeu Iussef
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A marcha atlética, com o bronze de Caio Bonfim nos 20 km foi o destaque do grupo de provas do atletismo (Foto: Wagner Carmo/CBAt)

O Campeonato Mundial de Atletismo de Budapeste, na Hungria, reuniu 2.000 atletas de 200 países. O grande destaque da equipe brasileira, sem dúvida, foi a marcha atlética, com a medalha de bronze de Caio Bonfim nos 20 km e o quarto lugar da Viviane Lyra, nos 35 km – ambos com recordes brasileiros. 

Detalhe que tanto Caio como Viviane integram o Programa de Preparação Olímpica do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).

O presidente do Conselho de Administração da CBAt, Wlamir Motta Campos, elogiou o desempenho da marcha e de outros grupos de provas. “Tivemos bons resultados em vários grupos de provas, além da marcha atlética, que foi muito bem. Podemos destacar os oitavos lugares de Darlan Romani, no arremesso do peso, e de Jucilene Sales de Lima, no lançamento do dardo”, lembrou Wlamir. 

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Outro resultado importante foi alcançado por Alison dos Santos, o Piu, que ficou em quinto lugar na final dos 400 m com barreiras, com 48:10, depois de ser campeão no Mundial do Oregon-2022. 

“O Piu foi um gigante, sabemos que ele é um dos melhores atletas do mundo e que voltará a brilhar. Devemos celebrar muito a recuperação dele depois da cirurgia no joelho e de participar deste Mundial em altíssimo nível”, comentou Wlamir. 

Importante destacar que se Darlan Romani tivesse arremessado na final o mesmo que na qualificação (22,37 m) teria conquistado a medalha de prata. Também, Alison ‘Piu’ se tivesse repetido o tempo da semifinal (47.38) na decisão teria ido para o pódio.

Quem foi bem também foi o jovem Renan Gallina, que demonstrou que muito em breve estará brilhando na categoria adulta. Aos 19 anos, disputou a semifinal dos 200 m, uma prova muito competitiva em termos mundiais.

O revezamento masculino do 4×100 m acabou desqualificado na final do Campeonato Mundial, mas deixou sinais importantes de evolução. O Brasil nunca teve um time tão rápido – Erik Cardoso, Felipe Bardi, Jorge Vides, Paulo André Camilo, Renan Gallina e Rodrigo do Nascimento foram os convocados – para um trabalho que visa ainda os Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, em outubro e novembro, e a Olimpíada de Paris-2024.

“O 4×100 m masculino voltou a ter um programa especial por meio da parceria da CBAt com o COB. Contratamos um coordenador técnico, realizamos dois campings pré-mundial, um no Brasil e um na Europa. Chegamos à final, sabemos que podemos mais, porém acreditamos no processo”, revelou Wlamir Campos.

Na Placing Table da World Athletics, por países, o Brasil aparece em 22º lugar entre 70 equipes que marcaram pontos, as que tiveram atletas nas oito primeiras posições nas provas de pista ou de rua. O Brasil somou 18 pontos no Mundial de Atletismo.

Um fator relevante para o bom desempenho do Brasil em Budapeste foi ter contato com uma ótima equipe médica, assegurando a integridade física e a recuperação dos atletas.

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