Goianos fazem história na Série D, mas Aparecidense pode ainda mais
Cidinha viu a vaga da D caiu no colo e agora pode coroar temporada com acesso – foto: Nicolle Mendes / Aparecidense
Por: Daniell Alves
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Equipe de Esportes
Com planejamentos diferentes ao longo da
temporada, Aparecidense, Goiânia e Goianésia passaram por altos e baixos na
temporada. Um ano em que a Série D era prioridade para dois deles, um conseguiu
a vaga nos acréscimos e termina o ano em alta. Goianésia e Goiânia foram
eliminados na competição nacional, enquanto a Aparecidense pode conseguir
acesso inédito.
Aparecidense
Uma temporada que se pode reduzir a uma
palavra: “inesperado”. Sem conseguir uma vaga para a Série D, a Aparecidense
contou com a desistência do Crac, com problemas financeiros, para chegar a
competição nacional, onde está nas quartas de final e realiza sua melhor
campanha na história, próximo de conseguir o acesso para a Série C.
O início da temporada mostrou uma Aparecidense
com João Paulo Sanches no comando, mas rapidamente foi mudado. O treinador não
resistiu às duas derrotas e foi rapidamente desligado. Romerito assumiu a
função e deixou o Camaleão na oitava colocação no Campeonato Goiano, com 11
pontos somados em 10 jogos, apenas um ponto à frente do Iporá, primeiro clube
na zona do rebaixamento.
Algumas peças foram trocadas, mas a base foi
mantida para a Série D e reforçada com nomes como de Rodriguinho, Tony,
Rodrigues, entre outros. O último nome foi emprestado pelo Goiás, assim como
Iago Mendonça, Flávio e Filipe Trindade, mas assim como o zagueiro foram
chamados de volta. Antes da primeira rodada do Brasileirão, Romerito e o
auxiliar Wesley foram diagnosticados com Covid-19 e afastados. Thiago Carvalho
assumiu, perdeu o primeiro jogo, mas ganhou a confiança da diretoria no dia a dia
e foi efetivado. Na sequência conseguiu a maior sequência sem derrotas da
história do clube, com 10 partidas.
Goiânia
A temporada 2019 do Galo Carijó foi excelente
com a ida as semifinais e a vaga para a Série D no ano seguinte. Porém, o clube
teve um início de ano conturbado dentro e fora de campo. Com apenas Santillo,
Romarinho, Miguel e Du Gaia do elenco anterior, o planejamento foi diferente
com o foco no estadual, mas pensando no nacional.
O time demorou a engrenar no campeonato,
vencendo a primeira partida na quarta rodada no clássico diante do Vila Nova.
Até a paralisação, a crise no Galo também se arrastou para fora do campo, com
as eleições presidenciais, tendo briga na justiça e Alexandre Godói se elegendo
após saída de Arione de Paula. O clube terminou o estadual até a parada, fora
da zona de rebaixamento.
Com a equipe centrada e focada na Série D,
reforços de peso chegaram e o treinador mudou de Alexandre Finazzi para Edson
Júnior. A mudança foi rápida e o clube que estava brigando para classificar
entre os quatro, disparou no grupo, vencendo sete de oito partidas.
Classificado em segundo para a próxima fase, ainda passou pelo Atlético de
Alagoinhas antes de parar no Grêmio Novorizontino, dando adeus a competição.
Goianésia
Em sua segunda temporada após o retorno à
elite estadual, o Goianésia começou 2020 com a expectativa de repetir as boas
campanhas que levaram o time do Vale do São Patrício às fases finais do
Campeonato Goiano.
Sob o comando de Ito Roque, o Azulão do Vale,
que tinha em seu elenco nomes como Elias, ex Atlético e Vila Nova, William
Kozlowski, e a dupla Rodriguinho e Édipo, que foram para a Aparecidense,
conquistou 15 pontos no Goianão antes de sua paralisação, chegando à quarta
colocação na tabela de classificação. Foram quatro vitórias, três empates e
três derrotas nas 10 primeiras rodadas.
Já na segunda metade do ano, com Luan Carlos à
frente do comando técnico, o Goianésia alcançou sua melhor participação na
história da Série D. Com um elenco remodelado, coube ao atacante Vanílson ser o
grande destaque azul na competição nacional, anotando sete dos 26 gols marcados
pela agremiação no campeonato. A campanha do Azulão do Vale teve, ao todo, sete
vitórias, seis empates e cinco derrotas, terminando a primeira fase na terceira
posição, atrás apenas de Aparecidense e Goiânia, eliminando o Gama na segunda
fase, e caindo para o Marcílio Dias, nas oitavas.
Com a promessa de manter a base utilizada na
Série B, a volta do Goianésia aos gramados está marcada para o próximo dia 13,
quando a equipe enfrentará o Grêmio Anápolis, fora de casa, pela 11ª rodada do
Goianão, a primeira em seu retorno.