Gláuber Ramos contesta expulsão de zagueiro no início do clássico: “Mancha o campeonato”

Victor Pimenta

O Goiás foi derrotado na noite
desta quarta-feira (13/1) no clássico diante do Atlético Goianiense. A derrota
em si ficou em segundo plano, mas da maneira como foi o jogo que viu o time
esmeraldino ter desde os oito minutos ainda do primeiro tempo, contar com um jogador
a menos, já que Vanderley acabou expulso de campo.

Na súmula, o quarto árbitro Jean
Carlos Narciso, relatou que o zagueiro esmeraldino foi expulso por dar um soco
nas costas do atacante Vitor Leque, fora da disputa de bola. Os outros
jogadores tentaram argumentar com o árbitro, mas nada ocorreu.

“O quarto árbitro estragou o
clássico. Apesar de nós estamos com uma equipe com muitos garotos, muitos
jogadores jovens e uma expulsão da maneira que foi atrapalha qualquer equipe e
realmente ele estragou o espetáculo, deixando bem claro que o quarto árbitro
tomou uma pressão desnecessária do banco de reservas do Atlético. Entendo ele,
porque início de jogo, jogando no campo do adversário, querendo vencer um
clássico e apesar de estar jogando contra uma equipe muito jovem, é uma pressão
que o quarto árbitro caiu que foi desnecessária”, disse Gláuber Ramos.

Mesmo com o time praticamente
recheado de jogadores oriundos de suas categorias de base, sendo somente o
goleiro Marcelo Rangel e o zagueiro Chico como mais experientes, o Goiás deu
trabalho ao time rubro-negro mesmo com a expulsão inicial do zagueiro Vanderley
e Gláuber teme que campeonato que era para ter sido terminado em 2020, termine
manchado em caso de erros como no clássico desta quarta.

“Infelizmente saímos com uma
derrota, porque fomos prejudicados, porque com uma equipe experiente, jogar o
jogo todo com um a menos já é difícil, ainda mais da maneira que foi, não
adianta comentar e realmente o quarto árbitro estragou o espetáculo. Uma
competição que é do ano passado, é um esforço todo da federação para terminar o
campeonato e no primeiro jogo, acontecer isso, mancha o campeonato”, ressaltou
o treinador.

Em entrevista à rádio Sagres, o
repórter André Rodrigues questionou o então presidente Paulo Rogério Pinheiro
sobre a possibilidade de o Goiás disputar a reta final do Goianão com os
jogadores considerados reservas que em sua maioria é formado por jovens da base
do clube. Então, o dirigente afirmou que se nas rodadas finais da Série A, o
time goiano tiver condições de escapar do rebaixamento, o estadual será jogado
pelos prata-da-casa. Gláuber concordou.

“O jogo mostrou que o presidente
tem razão e acredita nos garotos da equipe. Vendo o jogo como foi e vamos
deixar bem claro, jogamos contra o time do Atlético que foi um time mesclado e
é o elenco que eles têm, pouparam uns três ou quatro atletas. Entraram com uma
equipe forte, que disputa o Campeonato Brasileiro, contra uma equipe jovem, com
jogadores dos anos 2001 e 2002 e deram conta do recado. Então mostra a base, o
trabalho que é feito com seriedade na base do Goiás, que produzimos atletas
dentro de casa, com qualidade, com capacidade de fazer um jogo como fez agora.
Nós jogamos o jogo todo com um a menos”, concluiu o treinador.

Agora o Goiás só volta a campo pelo estadual no
próximo dia 27 de janeiro, quando viaja para enfrentar o Goianésia, no estádio
Valdeir José de Oliveira, às 15h30, em jogo válido pela última rodada da fase
de classificação.