Após ser cancelado no cinema, plataforma de streaming lança filmes sobre Suzane von Richthofen

Carla Diaz interpreta Suzanne nas produções ‘A menina que matou os pais’ e ‘O menino que matou meus pais’ que relatam o crime

Postado em: 24-09-2021 às 10h27
Por: Lanna Oliveira
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Carla Diaz interpreta Suzanne nas produções ‘A menina que matou os pais’ e ‘O menino que matou meus pais’ que relatam o crime | Reprodução

O terrível caso von Richthofen ganhou destaque em 2002, e após toda sua repercussão, as produções ‘A menina que matou os pais’ e ‘O menino que matou meus pais’ chegam na Amazon Prime Vídeo. Adiados pela pandemia, os filmes são apresentados para o público nesta sexta-feira (24) e contam com Carla Diaz e Leonardo Bittencourt como protagonistas e de acordo com a crítica, deixaram a desejar em seu enredo. Segundo o streaming, os títulos ficarão disponíveis para mais de 240 países.

Mesmo após quase 20 anos do assassinato de Manfred e Marisia von Richthofen, o caso ainda gera muitas curiosidades. O crime arquitetado pela filha do casal ao lado do namorado Daniel Cravinhos e o cunhado, Christian, tomou grande proporção. Isso deve-se ao fato de aparentemente terem sido uma família estruturada e com um bom poder aquisitivo. No entanto, as histórias contadas pelo casal assassino aos investigadores foram diferentes. Devido a isso, os roteiristas produziram dois filmes, retratando as versões de cada um.

Ambos os longas possuem o mesmo elenco, que segundo os críticos que já assistiram tiveram poucas oportunidades devido aos roteiros pouco inspiradores. Carla Diaz vem como Suzane von Richthofen, Leonardo Bittencourt como Daniel Cravinhos, Leonardo Medeiros como Manfred Albert von Richthofen, Vera Zimmermann como Marísia von Richthofen, Allan Souza Lima como Cristian Cravinhos, Kauan Ceglio como Andreas von Richthofen, Débora Duboc como Nadja Cravinhos e Augusto Madeira como Astrogildo Cravinhos.

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Ambas produções mostram os acontecimentos entre o momento que Suzanne e Daniel se conheceram, em agosto de 1999, até o crime ser cometido, em outubro de 2002. Com o roteiro de Ilana Casoy e Raphael Montes, os filmes são baseados nos autos do processo e nos depoimentos dados pelo casal durante o julgamento, ou seja, cada um traz uma versão. De acordo com Cesar Soto do site G1, retratos tão conflitantes poderiam criar uma narrativa rica e complexa, principalmente se fossem costurados de forma inteligente em um só roteiro.

‘A Menina Que Matou os Pais’ é narrado por Daniel Cravinhos, e expõe o que foi dito pelo réu no tribunal. Em sua visão, Suzanne era manipuladora, se aproveitava do dinheiro da família e enchia o aeromodelista de presentes, tinha problemas com a família e, principalmente, foi quem teve a ideia de assassinar os próprios pais, que não permitiam o namoro. Já em ‘O Menino Que Matou Meus Pais’, Suzanne von Richthofen, se declara como a filha perfeita, que foi levada para as drogas e convencida a apoiar o assassinato pelo namorado menos abastado financeiramente.

Em dado momento do depoimento de Daniel Cravinhos, em ‘A Menina Que Matou os Pais’, Manfred von Richthofen é acusado de ter abusado de Suzanne desde os 13 anos, o que teria gerado um grande trauma na vida da jovem. Segundo é relatado pelo réu, o pai ficava bêbado e ia até quarto da garota. Este, um dos pontos altos do filme, no entanto, além de ter sido negado pela defesa de Suzanne, nada em relação a isso é comentado durante o depoimento dela em ‘O Menino Que Matou Meus Pais’.

Em resumo, as duas versões tentam convencer o júri, e no caso dos filmes, o espectador, de que a culpa é do outro, e não de quem está narrando os fatos. Tanto Daniel quanto Suzanne alegam ter agido por amor, que eram inocentes e que foram coagidos pelos companheiros. Para os dois, amor e dinheiro foram a causa e a desejada consequência de um crime que aparentava ser perfeito. “De modo geral, os filmes não tentam mudar a opinião do espectador sobre o crime. Eles possibilitam uma nova visão ao público que, por meio de duas versões, pode conhecer qual foi o caminho percorrido por três pessoas comuns para se tornarem criminosos”, escreveu Fernanda Talarico do site Splash.

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