Aumento das mortes relacionadas ao calor extremo até 2050, alerta estudo científico

Relatório destaca os riscos para a saúde da humanidade diante do aumento das temperaturas globais

Postado em: 16-11-2023 às 16h10
Por: Luana Avelar
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Foto: Freepik

Um estudo publicado na revista científica “The Lancet” adverte que as mortes relacionadas ao calor extremo podem aumentar, chegando a quintuplicar até o ano de 2050. O relatório, elaborado por 114 cientistas de 52 centros de pesquisa e agências das Nações Unidas em todo o mundo, destaca que a saúde da humanidade está em risco diante do aumento das temperaturas globais.

O estudo aponta que, caso a temperatura média aumente 2ºC até o final do século, as mortes relacionadas ao calor podem aumentar em 4,7 vezes até 2050. No ano de 2022, as pessoas foram expostas, em média, a 86 dias com temperaturas potencialmente fatais, destacando os efeitos iminentes das mudanças climáticas.

Com a semana mais quente já registrada em outubro, o relatório indica que 2023 pode se tornar o ano mais quente já registrado, com eventos extremos impactando o hemisfério sul. No Rio de Janeiro, por exemplo, foi registrada uma sensação térmica recorde de 58,5°C na zona oeste da cidade. Os cientistas alertam que esses eventos atuais podem ser apenas um indício de um futuro perigoso.

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O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, expressou preocupação diante do relatório, alertando para um futuro insustentável. Ele destaca as catástrofes em andamento, como ondas de calor extremas, secas devastadoras, aumento da fome, surtos de doenças infecciosas e eventos climáticos fatais. Guterres ressalta a urgência de ações concretas, diante da falta de comprometimento global na redução das emissões.

O estudo destaca ainda outros impactos das mudanças climáticas, como o aumento da insegurança alimentar e a disseminação de doenças transmitidas por mosquitos. Estima-se que cerca de 520 milhões de pessoas enfrentarão insegurança alimentar moderada ou grave entre 2041 e 2060.

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