Começa nesta quinta julgamento de bolsonarista que matou petista no Paraná
Caso considerado violência política aconteceu em Foz do Iguaçu
Por: Francisco Costa
O julgamento do policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de matar o guarda municipal petista Marcelo Arruda, no Paraná, começa nesta quinta-feira (4). O caso considerado de violência política aconteceu em Foz do Iguaçu (PR), durante a disputa ao Planalto em 2022, ano em que Lula (PT) venceu Bolsonaro (PL) no segundo turno.
Haverá reforço policial no julgamento, conforme determinação do juiz Hugo Michelini Júnior, presidente do Tribunal do Júri. O processo deve durar três dias. Vale citar, o júri será composto por sete pessoas, das 35 que foram sorteadas previamente. Nesta quinta, serão ouvidas testemunhas de acusação e de defesa.
Em relação ao crime, consta nos autos que, em julho de 2022, Marcelo Arruda, um guarda municipal de Foz do Iguaçu (PR), foi morto a tiros durante a comemoração de seu aniversário, com temática do Partido dos Trabalhadores (PT), quando Guaranho invadiu a festa. Na ocasião, o petista reagiu e também efetuou disparos. O bolsonarista ficou ferido e foi internado.
Dias depois, o acusado teve a prisão decretada. Em dezembro, o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, tornou o acusado réu, aceitando pedido do Ministério Público do Paraná de homicídio duplamente qualificado.
Para o magistrado, a provável motivação de Guaranho mostra uma “personalidade conflituosa, beligerante e intolerante”, uma vez que o bolsonarista teria invadido uma festa de alguém com opinião política diferente para “antagonizar, confrontar”. Jorge está preso no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, desde 2022.
