Uso de armas nucleares volta ao debate nos EUA com Trump na Casa Branca

Donald Trump tem defendido que os Estados Unidos devem investir em sua capacidade nuclear

Postado em: 03-02-2017 às 17h05
Por: Toni Nascimento
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Donald Trump tem defendido que os Estados Unidos devem investir em sua capacidade nuclear

Com
a chegada de Donald Trump ao poder, o viés militar republicano voltou ao debate
nos Estados Unidos, após o teste com um míssil lançado pelo governo iraniano e
recentes declarações do presidente Trump sobre o acordo nuclear com o Irã.
Trump disse no Congresso que “não descarta a opção nuclear” se for necessário
para manter os EUA em segurança.

Desde
a campanha eleitoral Donald Trump tem defendido que os Estados Unidos devem
investir em sua capacidade nuclear, numa direção contrária à adotada por Barack
Obama, que defendeu abertamente a eliminação de armas nucleares do mundo. E,
neste início de governo, Trump dá sinais de que pretende conduzir a política
externa, pautada na segurança. Num dos seus primeiros atos no governo, ele
encomendou ao Pentágono um plano de ação para destruir o grupo extremista
Estado Islâmico (EI), com prazo para entrega de 30 dias.

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Hoje
(3) o secretário de Defesa americano, James Mattis, em sua primeira viagem
internacional a Seul, na Coreia do Sul, afirmou que a resposta militar do país
será “eficaz e arrasadora”, caso a Coreia do Norte utilize hipoteticamente uma
arma nuclear contra os Estados Unidos e aliados.

Mattis
se reuniu com o ministro da Defesa coreano, Han Minkoo, com quem tratou de
detalhes sobre o porjeto de implantação de um sistema de defesa antimíssil
norte-americano em território sul coreano ainda este ano.  Ambos os países estão atentos aos movimentos
da Coreia do Norte que há poucas semanas informou ter realizado com sucesso
testes com misseis nucleares de longo alcance.

Depois
de Seul, Mattis seguiu para o Japão, onde terá encontros com o chanceler Fumio
Kishida e o primeiro-ministro Shinzo Abe.

Acordo
com o Irã em discussão

Esta
semana, também esteve na pauta americana o acordo nuclear com o Irã, depois
daquele país ter feito testes com um míssil balístico, que o governo iraniano
disse ter sido apenas um “foguete comum”.

O
Irã assinou no ano passado um acordo de desarmamento firmado com um grupo de
seis países: Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia, China e Alemanha. Na
época parte da população norte-americana viu a decisão com muita desconfiança e
os republicanos disseram que não se podia confiar nos iranianos.

Hoje
(3) pela manhã Trump comentou novamente o assunto no Twitter e escreveu que o
Irã está “brincando com fogo” e ironizou que os testes mostram o quanto o país
gostava ou “levava o presidente Obama a sério”. Ontem ele defendeu que o acordo
com o Irã seja revisto, mas admitiu que isso será mais difícil, porque envolve
outros cinco países.

Também
nesta sexta-feira (3) o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou um
novo pacote de sanções contra o Irã, por conta do recente teste de míssil. Os
alvos das medidas são 13 pessoas e 12 empresas e entidades iranianas
supostamente envolvidas no programa armamentista de Teerã. Elas são acusadas
pelos EUA de “contribuir para a proliferação de armas de destruição em
massa” e de “ligações com o terrorismo”. 

(Agência Brasil)

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