Presidente do Haiti é morto durante ataque a residência oficial, afirma primeiro-ministro
O primeiro-ministro do Haiti, Claude Joseph, informou na madrugada desta quarta-feira (07/07) que o presidente do país foi, Jovenel Moise, foi assassinado
Por: Redação
O primeiro-ministro do Haiti, Claude Joseph, informou na madrugada desta quarta-feira (07/07) que o presidente do país foi, Jovenel Moise, foi assassinado durante um ataque à residência oficial, na capital Porto Príncipe.
Além do chefe de estado, a primeira-dama Martine Moise também foi baleada com um tiro, até o momento não foi atualizado o estado de saúde dela.
O premiê, por meio de um comunicado, narrou que por volta da 1 hora “um grupo de indivíduos não identificados, alguns dos quais falavam em espanhol, atacou a residência privada do presidente da República”.
No documento, o primeiro-ministro pediu calma à população, destacando que a segurança do país está sob o controle da Polícia Nacional haitiana e das Forças Armadas do Haiti e de que todas as medidas serão “tomadas para garantir a continuidade do Estado e proteger a nação”.
No início deste ano, as autoridades do Haiti afirmaram que uma “tentativa de golpe” contra o presidente foi frustrada, quando teria sido alvo de um ataque malsucedido. Na ocasião, mais de 20 pessoas foram presas, incluindo um juiz federal do Tribunal de Cassação e uma inspetora geral da Polícia Nacional.
Histórico
O Haiti é a nação considerada mais pobre das Américas e tem um longo histórico de instalações de ditaduras e golpes de Estado. O país faz fronteira com a República Dominicana, ao dividir uma ilha no Caribe, possui 11,4 milhões de habitantes um dos menores Índice de Desenvolvimento Humano (IDHs) do mundo: 0,51.
A oposição acusava que Jovenel Moise estava governando o país em meio a uma controvérsia, sem o controle do Legislativo desde o ano passado. Além disso, havia uma disputa sobre o fim do mandato de presidente. É que a primeira eleição dele, em outubro de 2015, para mandado de cinco anos, foi cancelada, devido a fraudes, sendo eleito em 2017.
Para opositores, ele teria que ter deixado o cargo no dia 7 de fevereiro deste ano, mas Moise afirma que o prazo era até o próximo ano, em uma interpretação da Constituição rejeitada pela oposição.