26 ex-presidentes e parlamentares temem insurreição no Brasil

Países alertam para "um golpe na terceira maior democracia do mundo".

Postado em: 06-09-2021 às 17h12
Por: Alice Orth
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Países alertam para "um golpe na terceira maior democracia do mundo". | Foto: Reprodução

Ex-presidentes, parlamentares e estudiosos assinaram em conjunto uma carta afirmando que os atos convocados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o dia 7 de Setembro representam uma “insurreição”. O documento, divulgado nesta segunda-feira (06/09), teme que os atos ameacem a democracia no Brasil.

“O presidente Jair Bolsonaro e seus aliados – incluindo grupos supremacistas, policiais militares e servidores públicos em todos os níveis do governo – estão preparando uma marcha nacional contra a Suprema Corte e o Congresso em 7 de setembro, alimentando temores de um golpe na terceira maior democracia do mundo”, afirmam.

Na última sexta-feira (3), A embaixada dos Estados Unido no Brasil havia alertado na última sexta-feira (03) sobre o risco de confrontos durante os protestos programados para esta terça-feira (7).

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A carta é assinada pelo ex-primeiro-ministro da Espanha José Luis Rodriguez Zapatero, pelo ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper, e pelo ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo, além de Noam Chomsky, do filósofo e professor, Cornel West, do vencedor do prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, e de políticos europeus.

“Bolsonaro e seu governo tem ameaçado – diversas vezes – cancelar as eleições presidenciais de 2022 se o Congresso não aprovar seus reformas”, diz a carta. O documento ainda revela que congressistas brasileiros já alertam que as mobilizações para o 7 de Setembro tem sido feita nos moldes nos moldes da invasão ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021.

“Estamos seriamente preocupados com a ameaça às instituições democráticas do Brasil – e estamos vigilantes para defendê-las antes e depois de 7 de setembro. O povo brasileiro tem lutado por décadas para proteger a democracia de um regime militar. Bolsonaro não deve ter permissão para roubá-la agora”, finaliza o texto.

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