Combates na Síria continuam e deixam três mortos após resolução de trégua da ONU

Desde a primeira hora da manhã de hoje (25) caíram seis mísseis em Harasta, outros quatro projéteis em Kafr Badna e Yisrin e outros quatro em Hamuriya

Postado em: 25-02-2018 às 11h50
Por: Victor Pimenta
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Desde a primeira hora da manhã de hoje (25) caíram seis mísseis em Harasta, outros quatro projéteis em Kafr Badna e Yisrin e outros quatro em Hamuriya

Pelo menos três civis morreram e
26 ficaram feridos neste domingo (25) em bombardeios e ataques de artilharia
contra a região de Ghouta Oriental, reduto da oposição na periferia de Damasco,
horas depois de a ONU ter exigido o fim imediato das hostilidades.

De acordo com o Observatório
Sírio de Direitos Humanos, na manhã de hoje, um ataque das forças do regime
sírio na cidade de Hamuriya, causou a morte de uma mulher e feriu sete civis.
Além disso, na cidade de Beit Saua, um homem morreu e outros sete civis ficaram
feridos em um ataque aéreo. Em Sabqa, uma pessoa morreu e dez ficaram feridas;
em Kafr Batna outras duas pessoas ficaram feridas, detalhou o observatório.

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A organização não governamental
também destacou que as localidades de Hush al Dawahra e Al Shifunia foram alvo
de explosivos lançados por helicópteros das forças do regime de Bashar al
Assad.

Apesar de também ter havido
combates entre as forças governamentais e o grupo islamita Exército do Islã, a
ONG afirmou que a noite passada foi a mais tranquila desde o começo da escalada
militar em Ghouta Oriental, há uma semana, já que não houve registro de mortes.

Estes combates, que aconteceram
em Al Shifunia, com armas pesadas e metralhadoras, são os primeiros que ocorrem
na região desde o início da campanha de bombardeios, no último dia 18.

Desde a primeira hora da manhã de
hoje caíram seis mísseis em Harasta, outros quatro projéteis em Kafr Badna e
Yisrin e outros quatro em Hamuriya, enquanto Al Shifunia foi alvo de dois
bombardeios, segundo o Observatório.

Trégua

O Conselho de Segurança da
ONU aprovou ontem (24) à noite uma resolução na qual exige que todas as partes
envolvidas no conflito façam uma trégua de 30 dias em todo o país, incluindo de
forma expressa a região de Ghouta Oriental.

A resolução, no entanto, excluiu
do cessar-fogo os grupos terroristas Estado Islâmico (EI) e Organismo de
Libertação do Levante, aliança criada em torno da Frente Al Nusra, nome da
antiga filial síria da Al Qaeda que, segundo o governo sírio, está presente em
Ghouta Oriental.

Em uma semana de intensos ataques
aéreos, de artilharia e com mísseis, a região contabilizou a morte de pelo
menos 510 pessoas, entre elas 127 menores de idade, segundo os últimos números
divulgados pelo Observatório.

Turquia

Já no Noroeste da Síria, forças
turcas e grupos sírios aliados avançaram neste domingo no enclave curdo de
Afrin, apesar da resolução de trégua da ONU. As forças da operação liderada
pela Turquia, denominada Ramo de Oliveira, tomaram o controle de várias
localidades, situadas perto da sua fronteira, embora não tenham especificado o
nome ou quantos povoados conquistaram.

Segundo a observatório, com este
último avanço, Ancara controla um total de 105 quilômetros da área fronteiriça
de Afrin com a Turquia e faltando apenas sete quilômetros para tomar essa
região.

Além disso, hoje ocorreram
violentos confrontos entre as forças turcas e facções armadas sírias, de um
lado, e a milícia curdo-síria Unidades de Proteção do Povo (YPG), de outro
lado, em várias áreas de Afrin.

O apelo do Conselho de Segurança
da ONU abrange todo o território sírio, razão pela qual a Turquia deveria
cessar sua ofensiva na região curda de Afrin.

Desde o dia 20 de janeiro, a
Turquia e facções armadas desenvolvem uma ofensiva em Afrin contra as YPG,
classificadas por Ancara como terroristas, por seus vínculos com a guerrilha
curda Partido dos Trabalhadores do Curdistão. 

Fonte: Agência Brasil e Agência EFE. (Foto: Reprodução/Getty Images/AFP)

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