Kremlin descarta tratar anexação da Crimeia na cúpula entre Putin

O Kremlin e a Casa Branca confirmaram na semana passada a realização da esperada cúpula bilateral entre Putin e Trump, e anunciaram que acontecerá em 16 de julho em Helsinque

Postado em: 02-07-2018 às 10h15
Por: Guilherme Araújo
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O Kremlin e a Casa Branca confirmaram na semana passada a realização da esperada cúpula bilateral entre Putin e Trump, e anunciaram que acontecerá em 16 de julho em Helsinque

A Crimeia é parte inalienável da Rússia e portanto não é assunto para tratar em qualquer negociação, incluída a cúpula que será realizada em 16 de julho na Finlândia entre o líder russo, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira o Kremlin.

“O presidente da Rússia explicou muitas vezes que a Crimeia não está e nem estará na agenda, porque é parte inalienável da Rússia”, disse hoje aos jornalistas o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Peskov acrescentou que Moscou está aberto ao diálogo sobre as múltiplas questões nas quais as posturas entre os dois países são opostas, acrescentou.

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“Finalmente a vontade política se impôs e ganha posições a ideia de que essas diferenças não devem ser um obstáculo para estabelecer e ampliar o diálogo bilateral, neste caso ao mais alto nível”, ressaltou Peskov.

O Kremlin e a Casa Branca confirmaram na semana passada a realização da esperada cúpula bilateral entre Putin e Trump, e anunciaram que acontecerá em 16 de julho em Helsinque, considerado território neutro.

Ninguém espera grande avanços nesta primeira úpula em nove anos entre os líderes das duas grandes potências, mas o objetivo principal é conter a deterioração das relações russo-americanos, que passam pelo pior momento desde a queda da União Soviética.

Os conflitos na Síria e na Ucrânia, o desarmamento nuclear, o acordo com o Irã, a situação no Oriente Próximo e a suposta ingerência da Rússia nas eleições dos EUA são alguns dos assuntos que serão tratados na cúpula. 

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