EUA exigem que Rússia e Irã impeçam ofensiva da Síria contra Idli

A reunião ocorreu ‘em paralelo’ a um encontro entre os presidentes de Rússia, Irã e Turquia, em Teerã, para discutir a situação de Idlib

Postado em: 08-09-2018 às 06h00
Por: Fabianne Salazar

Os Estados Unidos exigiram na sexta-feira (7) que Rússia e Irã impeçam a ofensiva do presidente da Síria, Bashar Al Assad, contra a província de Idlib, no norte do país, principal reduto da oposição ao governo.

“O regime de Al Assad tem que parar sua ofensiva. Rússia e Irã, como países com influência sobre o regime, têm que deter essa catástrofe. Está nas mãos deles”, disse a embaixadora americana na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, em uma reunião do Conselho de Segurança.

A reunião ocorreu praticamente em paralelo a um encontro entre os presidentes de Rússia, Irã e Turquia, em Teerã, para discutir a situação de Idlib.

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Para Haley, se o Kremlin apoiar um ataque contra Idlib estará deixando claro que mente quando diz que apoia a paz na Síria.

A embaixadora americana disse que a Casa Branca sabe que há grupos terroristas operando em Idlib, como alega o governo da Síria, mas afirmou que há outras formas de combatê-los.

Terrorismo

“Quando a Rússia e o regime de Al Assad dizem que querem lutar contra o terrorismo, o que eles realmente querem dizer é que querem bombardear escolas, hospitais e casas. Querem punir os civis que tiveram coragem de se levantar contra Al Assad”, afirmou.

Países europeus e outros membros do Conselho de Segurança apoiaram os EUA e insistiram na necessidade de evitar uma grande ofensiva em Idlib dado o risco para as quase 3 milhões de pessoas que vivem na província.

Por outro lado, a Rússia defendeu o direito da Síria de recuperar todo o território do país e denunciou os repetidos ataques lançados a partir de Idlib contra outras regiões.

Segundo o embaixador russo na ONU, VasylNebenzia, a província é controlada por terroristas que fazem a população de refém.

Nebenzia também acusou os EUA e os aliados americanos de quererem evitar a derrota de seus “protegidos” na Síria, utilizando como pretexto a proteção humanitária. (Agência Brasil)

 

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