Lula se reúne com Amorim sobre Bolívia
Lula ressaltou que "golpe nunca deu certo"
Por: Otavio Augusto Ribeiro dos Santos
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com Amorim sobre Bolívia. Isso porque, nesta quarta-feira (26), a situação de instabilidade política na Bolívia se tornou alarmante, Lula expressou sua esperança de que a democracia prevaleça no país vizinho.
Lula ressaltou que “golpe nunca deu certo” e afirmou estar buscando informações detalhadas sobre o cenário boliviano.
Em declarações à imprensa, Lula mencionou ter solicitado ao Itamaraty um relatório sobre a situação. Ele afirmou que, antes de se pronunciar oficialmente, é necessário compreender a realidade dos acontecimentos.
“Eu quero informações. Pedi para o ministro Mauro [Vieira, das Relações Exteriores] ligar para a Bolívia, ligar para o presidente [boliviano], ligar para o embaixador brasileiro, para termos certeza, para ter uma posição. Mas, como eu sou um amante da democracia, quero que a democracia prevaleça na América Latina, golpe nunca deu certo”.
O presidente convocou o assessor especial Celso Amorim e o chanceler Mauro Vieira para uma reunião na tarde de hoje. O objetivo é discutir a possível tentativa de golpe de Estado na Bolívia.
Golpe Militar em La paz, na Bolívia
Na tarde desta quarta-feira, tanques e militares invadiram o palácio presidencial em La Paz, capital da Bolívia. Diversas unidades do Exército foram vistas agrupadas em praças e ruas da cidade, enquanto soldados faziam guarda no palácio.
Em comunicado nas redes sociais, o presidente boliviano, Luís Arce, apelou pelo respeito à democracia. O ex-presidente Evo Morales declarou que está ocorrendo um golpe de Estado. Segundo Morales, um regimento do Exército posicionou francoatiradores em uma praça de La Paz. Ele acusou o ex-comandante do Exército, general Juan José Zuñiga, recentemente destituído, de estar por trás da mobilização.
Reações Internacionais
A presidente de Honduras, Xiomara Castro, que atualmente preside a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), também se pronunciou sobre a situação, referindo-se a um golpe de Estado. Castro pediu uma reunião de emergência dos Estados membros da Celac, incluindo o Brasil.