Análise de denúncia contra ex-presidente deve demorar

Justificativa é de que o processo tem 36 volumes que ainda não foram digitalizados . Tribunal reafirma que está mantido o segredo de jusitça

Postado em: 14-03-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Justificativa é de que o processo tem 36 volumes que ainda não foram digitalizados . Tribunal reafirma que está mantido o segredo de jusitça

O Tribunal de Justiça de São Paulo informou, por meio de nota, que a análise da denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apresentada pelo Ministério Público de São Paulo, “demandará algum tempo”, já que o processo tem 36 volumes, os quais ainda não foram totalmente digitalizados.

O tribunal destacou que “trata-se de processo de elevada repercussão social, em que há acusações contra o ex-presidente da República e requerimento de medidas cautelares sérias”. O órgão reiterou ainda que continua mantido o segredo de justiça do processo.

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De acordo com o tribunal, a nota foi publicada para elucidação da população sobre o andamento do caso e da procura de informações pela imprensa.

Defesa

A defesa do ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) João Vaccari Neto criticou a denúncia apresentada contra ele por integrantes do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP).

Ontem (10) o MP-SP pediu também a prisão preventiva de Vaccari, ex-tesoureiro do PT. Em nota, a defesa de Vaccari considerou “absurda” a denúncia e “inoportuno e descabido” o pedido de prisão preventiva.

A nota diz que os fatos que constam da nova denúncia já estão sendo apurados em outro processo, em tramitação na 5ª Vara Criminal de São Paulo, o que reforça a impropriedade dessa denúncia. No processo anterior, acrescentam a defesa, “jamais” o Ministério Público pediu a prisão preventiva de Vaccari, “pois sempre apresentou-se desnecessária tal medida, essa situação continua inalterada até hoje.”

De acordo com a defesa, Vaccari presidiu a Bancoop até 2010, e a questão relativa ao apartamento tríplex do Condomínio Solaris, em Guarujá, no litoral paulista, é posterior à data em que ele deixou a presidência da cooperativa.  A defesa diz ainda que a decisão para que a empreiteira OAS assumisse alguns empreendimentos da Bancoop foi tomada, em assembleia dos cooperados. “Sem nenhuma decisão ou intervenção do Sr. Vaccari”, destaca a nota.

O advogado de defesa de Vaccari, Luiz Flávio Borges D’Urso, que assina a nota, informa que vai requerer a remessa do novo processo à 5ª Vara Criminal de São Paulo. O advogado diz ainda que nada justifica a denúncia contra Vaccari, nem o pedido de prisão preventiva dele e que, por isso, “a defesa reagirá por todos os meios legais previstos em nossa legislação”. (ABr) 

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