Após saída do PP do Governo, Gilberto Occhi entrega ministério

O ministro da Integração Nacional entregou sua carta de demissão do cargo à presidente Dilma nesta quarta-feira (13)

Postado em: 13-04-2016 às 16h00
Por: Redação
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O ministro da Integração Nacional entregou sua carta de demissão do cargo à presidente Dilma nesta quarta-feira (13)

O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, entregou nesta quarta-feira sua carta de demissão do cargo à presidente Dilma Rousseff. A decisão ocorre no dia seguinte ao desembarque do PP do governo, liderado pela bancada do partido na Câmara que quer votar a favor do impeachment.

Com 47 deputados do PP que votarão no domingo, hoje, pelas contas do partido, cerca de 40 são favoráveis ao afastamento de Dilma. O presidente nacional da legenda, senador Ciro Nogueira (PI) forçou a manutenção do PP na base aliada, na semana passada, garantindo ao Palácio do Planalto que tinha 40 dos 57 congressistas (entre deputados e senadores) contra o impeachment.

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Este movimento de Ciro ocorreu, segundo um dirigente progressista relatou reservadamente ao GLOBO, a pedido do ex-presidente Lula. O PP preparava o desembarque para o dia seguinte à decisão do diretório do PMDB de deixar a base aliada. 

No entanto, esta debandada foi contida por sugestão de Lula, o que daria mais tempo a Dilma e ministros negociarem a manutenção da aliança com o PP. O pedido foi feito por Lula para evitar que já na semana passada houvesse um “efeito cascata” entre os partidos do centrão, que comandam, somados, a Câmara.

No entanto, Ciro sofreu intensa pressão dos parlamentares e dos diretórios regionais, que queriam o rompimento. Nesta terça-feira, antes do anúncio do desembarque, o deputado Júlio Lopes (PP-RJ), um dos principais defensores do impeachment dentro da bancada, enviou aos deputados uma mensagem de Whatsapp lembrando que dos 38 parlamentares que votaram contra o afastamento do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, apenas um conseguiu se reeleger, tamanha a pressão da opinião pública.

“Dos 38 deputados que votaram contra o impeachment de Collor, em 92, só um conseguiu se reeleger, o deputado Roberto Jefferson. Faço essa ponderação mais por não acreditar nas propostas e seriedade de um governo que ineditamente, após obter sua reeleição com nosso apoio, teve como primeira providência nos remover para um papel secundário no ministério e no governo”, diz trecho da mensagem. (Agência O Globo) 

Foto: reprodução

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