Atacar urna pode ser desculpa para possível derrota, diz Gilmar ao defender o sistema eleitoral brasileiro

"Nunca tivemos um episódio sequer de fraude que fosse atribuída às urnas eletrônicas", disse Gilmar

Postado em: 22-08-2022 às 16h52
Por: Ana Bárbara Quêtto
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"Nunca tivemos um episódio sequer de fraude que fosse atribuída às urnas eletrônicas", disse Gilmar | Foto: Reprodução

O ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou, nesta segunda-feira (22/8), que o ataque às urnas eletrônicas teria acontecido para justificar uma possível derrota nas eleições.

Embora não tenha citado o presidente Jair Bolsonaro (PL), que já levantou inúmeras dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro, o ministro defendeu o uso das urnas eletrônicas. “Nunca tivemos um episódio sequer de fraude que fosse atribuída às urnas eletrônicas”, disse Gilmar, em entrevista coletiva no Recife.

Mendes ainda ressaltou que venceu diversas eleições por meio das urnas eletrônicas, uma delas para o cargo de presidente do STF, antes de ser deputado federal.

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“Tivemos eleições [em 2018] em que, se fosse se dizer que Bolsonaro ganharia a priori, muitos diziam que seria uma fake news, e ele ganhou, como ganhou outras eleições e nunca houve queixa que se tratasse de fraude. Agora se diz ‘ah, em 2018 teve fraude’, mas teve fraude e ele ganhou? Isso causa perplexidade”, acrescentou o ministro.

Mendes também foi questionado sobre um possível grupo de empresários bolsonaristas, que defenderam um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula vença as eleições em outubro. Em resposta, Gilmar disse acreditar que a Procuradoria-Geral da República pode denunciar crimes contra a ordem democrática.

“Acredito que certamente o próprio MP e a Justiça reagirão, porque golpe é crime e a defesa de golpe é crime e certamente haverá reação das instituições incumbidas”, concluiu.

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