Com cassação de chapa de vereadores do Cidadania em Goiânia, Marlon perde mandato
Ministro entendeu que candidata apenas preencheu cota e não participou da disputa efetivamente
Felipe Cardoso e Francisco Costa
O vereador por Goiânia Marlon Teixeira, eleito pelo Cidadania em 2020, perderá o mandato com a decisão do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Ricardo Lewandokski. O magistrado cassou a chapa do partido por não cumprir a cota de gênero.
A decisão é de quinta-feira (20). Presidente do Cidadania em Goiás, Gilvane Felipe está reunido com a equipe jurídica neste momento para discutir o caso. Ele passará um posicionamento em breve.
Em relação a decisão, o ministro entendeu que “alguns fatos evidenciam que o pedido de registro de candidatura de Vanilda da Costa Madureira, conhecida por Nilda Madureira, foi apresentado apenas para preencher a cota de gênero e, com isso, possibilitar a participação do partido nas eleições proporcionais, sem ter o objetivo de disputar efetivamente o pleito”.
Assim, o magistrado entendeu: “Ante o exposto, e acolhendo o pronunciamento do Órgão ministerial, dou provimento ao recurso especial, com base no art. 36, § 7º, do RITSE, para – uma vez reconhecida a fraude à cota de gênero levada a efeito pelo Cidadania (…) o cargo de vereador no município de Goiânia, julgar procedente a ação de investigação judicial eleitoral e, por consequência: decretar a nulidade de todos os votos auferidos pela agremiação recorrida naquele pleito; determinar o recálculo dos quocientes eleitoral e partidário; cassar os registros e, por consequência, os diplomas de todos os candidatos vinculados ao respectivo DRAP; e cominar a sanção de inelegibilidade (…) a Vanilda da Costa Madureira.”
Advogado do Podemos, Thiago Moraes foi quem entrou com o recurso. Ele estava em viagem e não pode comentar o caso no momento. Com a decisão, professor Márcio, que subiria com a derrubada da chapa do PRTB, também fica de fora.
O Jornal O Hoje procurou o vereador e a assessoria dele, mas não teve retorno.