Vereadora Gabriela Rodart tem mandato cassado por infidelidade partidária

Ação movida pelo presidente do DC, Alexandre Magalhães, aponta infidelidade partidária da vereadora que se desfiliou da sigla para concorrer ao cargo de deputada federal pelo PTB em 2022.

Postado em: 18-02-2023 às 11h03
Por: Felipe Cardoso
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Ação movida pelo presidente do DC, Alexandre Magalhães, aponta infidelidade partidária da vereadora que se desfiliou da sigla para concorrer ao cargo de deputada federal pelo PTB em 2022 | Foto: Reprodução

A vereadora Gabriela Rodart (PTB) nunca esteve tão próxima de perder a cadeira na Câmara Municipal de Goiânia. Acontece que o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) negou, por unanimidade, um recurso protocolado pela defesa de Rodart na tentativa de mantê-la no posto de vereadora por Goiânia. 

A parlamentar foi eleita no pleito de 2020 pelo partido Democracia Cristã e concorreu, nas eleições de 2022, ao cargo de deputada federal pelo PTB. A desfiliação do partido para disputar a eleição por outra sigla foi o fator que levou o DC a reivindicar a cadeira na Justiça. O partido argumentou infidelidade partidária por parte da vereadora.

A Câmara Municipal ainda não foi notificada da decisão, o que deve acontecer na semana que vem, após o feriado de Carnaval. O argumento da defesa da vereadora  aponta para um quadro de perseguição partidária, o que, segundo os jurídico, culminou em sua decisão de deixar a legenda. 

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A ação que deve terminar com o afastamento da vereadora do cargo foi movida pelo presidente do DC em Goiás,  Alexandre Magalhães.  A primeira decisão nesse sentido veio em 7 de dezembro do ano passado. O jurídico de Gabriela Rodart disse em entrevista à imprensa local que vai recorrer da decisão.

Quadro 

O primeiro suplente de Gabriela Rodart é o vereador Raphael da Saúde (DC). Ele, porém, já ocupa cadeira na Câmara Municipal de Goiânia em substituição ao ex-vereador Welligton Bessa (DC), que assumiu o posto de secretário de Educação na gestão Rogério Cruz. 

Com a decisão do tribunal, o quadro fica o seguinte:  Raphael da Saúde passa a ser titular da cadeira no lugar de Rodart e o então segundo suplente, Marcio do Carmo, passa para a posição de primeiro suplente assumindo, também, lugar na Câmara enquanto Bessa estiver fora do cargo. 

Rodart é a quarta vereadora a perder o mandato na atual legislatura. No ano passado também foram afastados de seus cargos dos vereadores Bruno Diniz (PRTB), Santana Gomes (PRTB) e Marlon Teixeira (Cidadania). Os parlamentares foram prejudicados em função do descumprimento da cota de gênero pelos partidos políticos em que foram eleitos. Com isso, as chapas terminaram cassadas e a Jutiça, após a recontagem dos votos, reconduziu novos nomes ao Parlamento. 

A reportagem tentou contato com Gabriela Rodart, mas até a publicação deste material não obteve resposta. O espaço continuará aberto para manifestação da vereadora.

Colegas

Em outubro de 2022, O HOJE mostrou que o TRE-GO decidiu manter a cassação dos vereadores Bruno Diniz e Santana Gomes por unanimidade. Foram sete votos pela rejeição dos embargos de declaração apresentados pela defesa dos parlamentares. O partido foi acusado de utilizar as cotas de gênero de forma irregular na eleição de 2020, além de ter cometido diversas fraudes.

No mesmo período, o Tribunal entendeu que a chapa do Cidadania também deveria ser cassada. Com isso, o então vereador Marlon Teixeira perdeu seu mandato na Câmara. Mas não só ele foi prejudicado na legenda. O político Professor Márcio estava prestes a assumir uma cadeira no Legislativo no lugar de um outro vereador, mas também teve seu mandato afetado pela mesma decisão. 

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