Atuais favoritos para 1ª vice da Câmara de Goiânia devem ficar de fora

Falta de consenso deve jogar definição da vaga para depois de março

Postado em: 28-02-2023 às 08h30
Por: Felipe Cardoso
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Falta de consenso deve jogar definição da vaga para depois de março. | Foto: Reprodução

Atualmente, a primeira vice-presidência da Câmara de Goiânia segue como assunto quente na Casa. Os favoritos, que mudam com facilidade, hoje são: Léo José (Republicanos), Geverson Abel (Avante) e Kátia Maria (PT). Uma fonte do alto escalão do parlamento goiano garante, contudo, que nenhum dos três ocupará o cargo. 

E não é só isso. A falta de consenso dentro da base do presidente da Mesa Diretora, Romário Policarpo (Patriota), que mantém a dificuldade de escolha do nome, faz com que a eleição deste ator siga sem previsão. “Não será nem em fevereiro e nem em março”, afirma.

Existe uma “regra solta” na Casa que a eleição do vice vacante deveria ter ocorrido até 15 de fevereiro. Contudo, trata-se de uma norma sem aplicação obrigatória, ou seja, sem punição para descumprimento. Desta forma, o jogo segue aberto para quem articular melhor.

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Questionado sobre outros nomes, a pessoa entrevistada pelo Jornal O Hoje cita, pelo menos, dois: Isaías Ribeiro (Republicanos), hoje 2º vice-presidente da mesa; e Thialu Guiotti (Avante). Ambos estariam “correndo por fora”, discretamente. Quem também articula uma subida de cargo, conforme outro interlocutor, é a 3º secretária Aava Santiago.

A verdade é que á 1ª vice é um cargo cobiçado dentro do parlamento municipal. Ele permanece em vácuo desde a saída de Clécio Alves (Republicanos), vereador eleito deputado estadual e que assumiu, neste ano, a cadeira na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). 

Mas de volta a fonte, ela apontou, ainda, alguns problemas nos nomes do Republicanos, ligados ao prefeito Rogério. Segundo ela, o presidente Romário, que vive momentos de desarmonia com o Executivo Municipal, prefere alguém mais distante do gestor da capital. Isso atrapalharia os planos do Isaías e Léo, por exemplo. 

Contudo, o prefeito pode intervir a depender de quem estiver mais perto da cadeira. De acordo com uma terceira fonte, o prefeito espera ter no lugar de Clécio alguém com um alinhamento parecido com o do ex-vereador — leia-se: base. Acontece que parte significativa dos nomes caminha na contramão disso.

Mas, ainda que a relação entre Legislativo e Executivo esteja longe de um grau minimamente satisfatório, a leitura é que Policarpo nutre considerável respeito por Jovair e vice-versa. Isso poderia, inclusive, na visão de alguns vereadores, influenciar o ‘amém’ do presidente. 

Em 2 de janeiro, vale lembrar, a Câmara deu posse à atual mesa com mandato até o final de 2024. Na ocasião, o vereador Romário Policarpo assumiu a presidência pela terceira vez. A nova mesa conta com um 4º vice-presidente, Leia Klebia (PSC), e um corregedor, Joãozinho Guimarães (Solidariedade). 

Romário e Rogério

Romário mantém tem mantido tom crítico em relação à prefeitura de Goiânia. Nesta semana, por exemplo, ele utilizou as redes sociais para disparar críticas à administração Cruz, sobretudo em relação as fortes chuvas que revelaram problemas de escoamento da cidade. 

“Mais uma vez o povo goianiense está pagando um preço alto pela falta de planejamento urbano que assola a nossa cidade. Este é um problema que enfrentamos há anos. Hoje, testemunhamos cenas que partem o coração de todos: muros e portões derrubados pela chuva, árvores arrancadas”, disse em trecho de sua fala. 

Rogério, por sua vez, preferiu não comentar. O prefeito trabalha em busca da harmonia com o Legislativo. Sem dar respostas a indiretas, ele nomeou, neste ano, o experiente Jovair Arantes (Republicanos) como secretário de Governo para acalmar os ânimos e facilitar a disputa pela reeleição em 2024. O tempo dirá se vai haver pacificação.

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