Médico explica caso de motociclista que saiu andando após levar um tiro na testa; entenda

O caso do homem de 25 anos que foi baleado, no último sábado (4/6), enquanto andava de moto, caiu do veículo e foi para casa dormir deixou dúvidas quanto a periculosidade do ferimento e como ele conseguiu voltar para casa após o ocorrido. A bala atingiu a testa do motoqueiro, que foi levado ao hospital depois que sua mãe notou a lesão.

Postado em: 07-06-2022 às 16h02
Por: Ana Bárbara Quêtto
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Segundo os militares, ele tinha um ferimento na testa, de onde parecia estar escorrendo um líquido, possivelmente a massa encefálica. | Foto: Reprodução.

O caso do homem de 25 anos que foi baleado, no último sábado (4/6), enquanto andava de moto, caiu do veículo e foi para casa dormir deixou dúvidas quanto a periculosidade do ferimento e como ele conseguiu andar até sua casa após o ocorrido. A bala atingiu a testa do motoqueiro, que foi levado ao hospital depois que sua mãe notou a lesão. A munição foi encontrada amassada na rua, em Araguaína, no norte do Tocantins.

A Polícia Militar foi chamada pela mãe da vítima. Ao entrar na casa da família, a PM encontrou o ex-detento sentado em uma cadeira, lúcido, com sangue escorrendo pela testa. O homem já passou pela polícia por uso de entorpecentes. Ele contou aos policiais que viu quem fez os disparos.

Apesar das buscas, a PM não conseguiu localizar o suspeito. Segundo os militares, ele tinha um ferimento no rosto, de onde parecia estar escorrendo um líquido, possivelmente a massa encefálica. No entanto, mesmo com o machucado o jovem ainda estava consciente.

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O veículo conduzido por ele foi encontrado na rua Santa Inês, no setor Raizal. Perto da moto havia vestígios de sangue e o projétil que o atingiu. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também foi contatado e levou a vítima para o Hospital Regional de Araguaína. Ainda não se sabe o estado de saúde do paciente.

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Os riscos

O neurocirurgião Antônio Sérgio Guimarães explica que, dependendo da área afetada, a lesão provocada pela arma de fogo pode não ser letal. O calibre utilizado, distância, posição do projétil e da vítima no momento do disparo, também influencia no estado da pessoa.

“É comum, mas também é muita sorte. Se entra em ângulo reto, entra no crânio, mas se a bala entra meio de lado, bate e desvia. Pode ter lesado as partes moles, a pele, e o crânio. Se pega só a parte frontal, a pessoa pode sair andando”, afirma o médico ao G1.

“Primeiro do calibre, da energia do projétil, se está próximo ou muito longe e se o projétil entra no compartimento encefálico, se transfixa de um lado para o outro, o que é muito grave, ou se atinge um hemisfério só. A gravidade é menor mas também é grave. Depende muito do local que é atingido no crânio”, reforça.

O especialista ressalta que a situação poderia ter causado graves consequências, se não tratada o quanto antes. “Pode ter fraturado o crânio. Toda fratura de crânio é potencialmente grave, então vai depender da intensidade, se é uma fratura cominutiva – quebra do osso em vários pedaços – uma fratura linear, fratura afundada. Tudo isso tem que avaliar. Ele pode sim ter complicações sérias em função de um trauma desses”, concluiu.

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