Prova de amor: Mulher ganha transplante de rim do marido durante a lua de mel
Érika Moreira, que é servidora pública, foi diagnosticada ainda na adolescência com uma doença que paralisa gradativamente as funções renais
Por: Ícaro Gonçalves
O casal brasiliense formado por Érika Moreira e Leandro Moreira comemoram em dose dupla os momentos juntos após a celebração do casamento. Isso porque Érika recebeu com sucesso um rim doado pelo próprio marido em transparente renal feito no dia 23/6, ainda durante a lua de mel
Érika, que é servidora pública, foi diagnosticada ainda na adolescência com uma doença chamada glomeruloesclerose segmentar focal (GESF), que paralisa gradativamente as funções renais. No ano de 2019, um novo diagnóstico informou uma piora no quadro de saúde, o que poderia dificultar seu sonho de ser mãe.
Foi então que Leandro Moreira, à época namorado de Érika, expressou a vontade de doar um dos rins para a amada. Eles se conheceram em 2018 por meio de uma amiga em comum. “Foi amor à primeira vista. Começamos a namorar e logo noivamos. Com isso, iniciamos o planejamento do nosso casamento”, disse Érika em entrevista ao portal Metrópoles.
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Busca por tratamento
No decorrer dos preparativos para o casamento, ambos procuravam a melhor solução para a doença de Érika. A função renal dela já havia chegado a menos de 20%, e o transplante preventivo do órgão foi a melhor opção encontrada.
Leandro, já noivo da paciente, apresentou maior compatibilidade que o irmão e a mãe da servidora pública. “No momento em que descobri que ele seria meu doador foi uma alegria imensa, um sentimento de gratidão a Deus e a meu marido pela coragem, atitude e companheirismo”, relata Érika com alegria.
Ela foi a 50ª paciente a receber um transplante renal no Hospital Brasília, da rede DASA. Durante os preparativos para a operação, ela se reencontrou com o nefrologista Pedro Mendes, que já a tinha atendido há 15 anos, quando era residente no Hospital Universitário.
O processo cirúrgico de Leandro durou duas horas e ele recebeu alta em 24 horas. Já a operação de Érika durou aproximadamente três horas e meia, e a internação foi de 22 dias, sendo seis na Unidade de Terapia Intensiva – UTI, devido a um indício de rejeição do órgão transplantado. Felizmente, a recuperação foi bem-sucedida e em menos de um mês a paciente recebeu alta.
Além de celebrar o sucesso do transplante, ela festeja a possibilidade de ter uma gravidez saudável, e já planeja ter um filho no ano que vem.
