Em depoimento, Torres afirma desconhecer autor de minuta golpista

Torres afirmou que não teria levado o documento ao conhecimento do então presidente Jair Bolsonaro (PL)

Postado em: 03-02-2023 às 08h51
Por: Ícaro Gonçalves
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Torres afirmou que não teria levado o documento ao conhecimento do então presidente Jair Bolsonaro (PL) | Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (2/1), o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres passou mais de 10 horas prestando depoimento à Polícia Federal (PF), quando alegou desconhecer o autor de minuta golpista encontrado uma residência dele.

Torres afirmou ainda que não teria levado o documento ao conhecimento do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, a minuta era um documento “sem viabilidade jurídica” e ressaltou que tecnicamente era um documento “muito ruim, com erros de português, sem fundamento legal.

O depoimento acorreu no 4° batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). A polícia federal e integrantes da PGR chegaram ao local do depoimento pouco antes das 10h30, horário marcado para o início depoimento.

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“[Torres disse] QUE esses documentos vinham de diversas fontes para que fossem submetidas ao Ministro; QUE em razão da sobrecarga de trabalho levava todos os documentos da pasta para casa; QUE os documentos importantes eram despachados e retornavam ao Ministério e os demais eram descartados; QUE considera a minuta do decreto totalmente descartável: QUE se tratava de um documento sem viabilidade jurídica”, afirma o documento.

Anderson Torres também relatou no depoimento não ser o responsável por colocar o documento na pasta, e que pode ter sido uma funcionária ao arrumar a casa. Torres completou que “não é por ter sido encontrado na estante é que teria importância; QUE na verdade já era para ter sido descartado.”

Atos antidemocráticos

Sobre os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro, Torres afirmou que assinou o plano de ações elaborados pela PMDF e que se tivessem cumprido o plano a invasão e depredação das sedes dos 3 poderes jamais teriam acontecido. O ex-ministro ainda disse que se soubesse da probabilidade de atos golpistas não teria viajado.

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