Café, arroz e feijão continuam preferidos pelos brasileiros

Pesquisa do IBGE mostra que arroz, feijão e café foram os alimentos mais consumidos por adolescentes e adultos em 2017-2018, embora tenha havido redução em relação ao levantamento 2008-2009| Foto: Reprodução/ Antonio Cruz/ Agência Brasil

Postado em: 21-08-2020 às 11h30
Por: Redação
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Pesquisa do IBGE mostra que arroz, feijão e café foram os alimentos mais consumidos por adolescentes e adultos em 2017-2018, embora tenha havido redução em relação ao levantamento 2008-2009| Foto: Reprodução/ Antonio Cruz/ Agência Brasil

O café foi o alimento consumido pelos brasileiros com mais frequência (78,1% da população) entre junho de 2017 e julho de 2018, tanto por homens (77,9%), quanto por mulheres (78,4%). Em seguida, aparecem dois produtos da dieta tradicional do país. Um deles é o arroz, com 76,1% de frequência de consumo, acompanhado pelo feijão, com total de 60%. O alimento menos consumido com frequência pelos brasileiros no período pesquisado foi o ovo, com total de 13,9%.

As informações constam da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018: Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil (POF 2017/2018), divulgada nesta sexta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo foi realizado em parceria com o Ministério da Saúde.

Foram ouvidos no estudo 46.164 moradores de 20.112 domicílios com 10 anos ou mais de idade, que informaram o consumo alimentar para dois dias. A análise evidencia que arroz, feijão e café foram os alimentos mais consumidos por adolescentes e adultos, embora mostrando redução em relação ao primeiro levantamento, em 2008/2009. O feijão caiu de 72,8% para 60% da população e o arroz, de 84% para 76,1%. Entre os idosos, o consumo de café subiu na mesma comparação, de 86,6% para 87,1%. A queda do consumo de arroz foi observada no Sudeste, Sul e Centro-Oeste e foi mais acentuada entre a parcela da população (25%) com maior renda, passando de 79,9% para 67,1%.

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Os pesquisadores do IBGE avaliaram que o consumo de frutas e verduras continuou muito aquém do recomendado, embora o consumo de saladas cruas tenha aumentado tanto para adolescentes, quanto para adultos e idosos. Em geral, o consumo de saladas cruas passou de 16% para 21,4%. O consumo de frutas teve queda entre os dois períodos. Em contrapartida, o consumo de preparações aumentou. Um exemplo são os sanduíches, cujo consumo cresceu em todas as regiões do Brasil e em todas as classes de renda, apurou o IBGE. Já o consumo de refrescos e refrigerantes caiu para todos os grupos etários.

As maiores médias de consumo diário per capita, isto é, por indivíduo, foram encontradas no café (163,2 gramas/dia), feijão (142,2 g/dia), arroz (131,4 g/dia) e sucos (124,5 g/dia).

Fora do domicílio

A participação da alimentação fora do domicílio destaca a cerveja, consumida por 51% da população, sendo 52,8% homens, e 45,5% mulheres. Bebidas destiladas vêm em seguida, com participação de 44,1% no consumo. Na terceira posição estão salgados fritos ou assados, com 40,1%.

A prevalência de consumo alimentar fora do domicílio caiu de 40,2% na POF 2008/2009 para 36,5% na pesquisa 2017/2018, registrando maior consumo fora de casa no Centro-Oeste (47,7%, contra 42% na POF anterior). A maior redução foi encontrada na Região Norte, com 30,5%, contra 42,6% na pesquisa 2008/2009.

O IBGE destacou que a alimentação fora do domicílio pode não representar o consumo de todos os alimentos preparados fora de casa, pois são incluídos nessa estimativa somente os produtos preparados e consumidos fora do domicílio. Isso significa que alimentos trazidos de restaurantes para dentro de casa e provenientes de serviços de entrega em domicílio são incluídos na alimentação dentro de casa.

De acordo com a pesquisa, os itens mais consumidos fora de casa pelos adolescentes foram cerveja (65,4%), vinho (49,9%) e outros pescados (42,6%). Entre os adultos, prevaleceram bebidas alcoólicas, salgados fritos e assados e sorvete/picolé. Os idosos, por sua vez, priorizaram bebidas destiladas (40,2%), cerveja (32,5%) e bolos recheados (31,3%). (Agência Brasil) 

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