Fila de espera por UTI tem queda em mais de 80% em Goiás

Ritmo de queda pode reduzir a fila de espera na próxima semana, prevê secretário | Foto: Reprodução

Postado em: 17-04-2021 às 08h30
Por: Augusto Sobrinho
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Ritmo de queda pode reduzir a fila de espera na próxima semana, prevê secretário | Foto: Reprodução

Daniell Alves

Em um mês, a quantidade de pessoas na fila de espera por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 em Goiás caiu em cerca de seis vezes na rede pública estadual. Em março, no pico da pandemia, eram pelo menos 384 pacientes que aguardaram por uma vaga. A última atualização do Complexo Regulador Estadual (CRE) aponta para 59 adultos e uma criança na fila por um leito. 

Atualmente, os municípios com maior pedidos por UTI são Cidade Ocidental, com sete pessoas na fila, Valparaíso (5), Jataí (4), Goiânia e Anápolis. Estes últimos possuem 3 pessoas aguardando por uma vaga. O secretário da Saúde, Ismael Alexandrino, acredita que, neste ritmo, será possível zerar a fila de espera no fim da próxima semana.

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Três regiões se destacam na queda de internações: a Central, onde fica a Capital; a Pirineus, que tem Anápolis e Pirenópolis; e a Rio Vermelho, que abrange a cidade de Goiás e Itaberaí. No que diz respeito à espera por leitos de enfermaria, de acordo com o CRE, há 81 solicitações por vagas neste tipo de local para adultos e um pedido para enfermaria pediátrica destinada especificamente para tratar pessoas contaminadas pelo Coronavírus. 

Ocupação em alta 

Embora a fila tenha diminuído, a taxa de ocupação de UTIs ainda permanece em alta. O girava em torno de 80% até a última atualização. Na manhã de ontem (16) a rede pública e privada tinham 83,37% dos leitos ocupados no território goiano. Já na Capital, a taxa atual é de aproximadamente 84%. Com relação à ocupação nas enfermarias, o número é de 52,38% no Estado e 60, 04% na Capital, conforme dados do painel da Secretaria da Saúde (SES-GO).

Segundo a pasta, a rede pública tem ocupação de 78.78% em leitos destinados ao Covid-19. Já os leitos de UTI a ocupação é de 91.75%. A porcentagem referente às enfermarias é de 68.78%. Na rede privada, a ocupação das unidades de terapia intensiva é de 87,61%, enquanto na enfermaria o número é de 67,11%.

Na Capital, 81,25% das UTIs e 64,86% das enfermarias da rede pública estão ocupadas. Na rede privada, a taxa de ocupação é de 87,13% para UTIs e 70,36% para enfermarias.

Conforme vem sendo noticiado pelo O Hoje, a taxa de ocupação tem apresentado queda nos últimos dias. Um dos fatores que podem explicar essa redução, afirma o secretário, é o lockdown em algumas cidades e medidas restritivas implantadas por recomendação do COE.

2,6 mil novos casos

De quinta para sexta-feira, conforme dados do Painel Covid-19, o Estado registrou 2.626 novos casos e 71 novos óbitos por covid-19.  O número de casos confirmados da doença em Goiás é de 522.189, 11.785 estão ativos no momento. Destes, há registro de 496.923 pessoas recuperadas. A secretaria investiga, também, 430.371 casos suspeitos da doença e 257.409 foram descartados.

O novo Coronavírus já fez 13.481 vítimas em Goiás desde o início da pandemia. Ainda são investigados 290 óbitos suspeitos e 69 já foram descartados. A taxa de letalidade da doença é 2,59%.

Calamidade pública até dezembro 

Em razão da pandemia da Covid-19 e alto índice de casos, um projeto de autoria do Poder Executivo prorroga o estado de calamidade pública em Goiás até dezembro deste ano. A proposta foi aprovada pela Comissão Mista na quinta-feira (15) e deve ir para primeira votação em Plenário na sessão ordinária da próxima terça-feira (20). 

A declaração de estado de calamidade pública aconteceu em março de 2020 e tinha validade até dezembro daquele ano. O objetivo foi dispensar o Estado de Goiás do cumprimento de algumas metas fiscais.

Agora, a Governadoria justifica que a expectativa era de que a situação de emergência já estivesse controlada, o que não aconteceu. “Ao contrário, o cenário que ora se apresenta é de recrudescimento da crise sanitária decorrente da contaminação pelo novo coronavírus.

Como resultado disso, o que se prevê é que as receitas públicas sejam ainda mais reduzidas e que as despesas do Estado de Goiás com medidas para atenuar a crise sofram incrementos consideráveis”, diz a justificativa da proposta. (Especial para O Hoje)

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